Se fala muito sobre gordura corporal, muitos profissionais que atuam também nas redes sociais e fazem avaliação antropométrica explicam sobre o tão temido percentual de gordura. Mas vou te mostrar uma forma diferente de ver algumas coisas.
O tecido adiposo, localizado na região central do corpo, pode reduzir a expectativa de vida em função de alguns distúrbios fisiológicos. Isso já está bem documentado na literatura. Mas será que o percentual de gordura total é algo definitivo quanto a sua saúde? Bem, vamos olhar por um prisma diferente.
Um pesquisador chamado Després et al. (1991), junto com seus colegas, subdividiram a obesidade em quatro zonas de risco a saúde:
Ø Tipo I– o excesso de massa adiposa está distribuído, perifericamente, sem apresentar muitos riscos a saúde.
Ø Tipo II– embora o tecido adiposo concentre-se na região abdominal, sua localização é subcutânea, proporcionando baixos riscos a saúde.
Ø Tipo III– o excesso de massa adiposa encontra-se internamente na região abdominal, sendo denominado de gordura visceral. Este tipo de formatação é a que mais proporciona perigo a saúde por apresentar forte relação com as doenças crônico-degenerativas.
Ø Tipo IV– o tecido adiposo encontra-se localizado na região coxo-femoral, popularmente conhecido como culotes. Este tipo de configuração tem demonstrado efeito significativo sobre o surgimento de problemas circulatórios, danos articulares e principalmente risco de desenvolver câncer de mama se os níveis de estrogênio estiverem altos.
Por tanto, a obesidade pode ser considerada uma doença progressiva que se caracterizada pelo incremento de volume e quantidade de células adiposas (BRAY, 1991). Mas a localização desse tecido adiposo pode ajudar a entender se ela é mais ou menos prejudicial para seu organismo e, principalmente onde esse prejuízo vai acontecer.
O Prof. André Lopes é Doutor em Ciências do Movimento Humano e Expert do Portal da Educação Física. Quer segui-lo?
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