Segundo dados do Ministério da Saúde, o problema cardiovascular atinge mais de 300 mil pessoas por ano e faz 80 mil vítimas. O número representa 12 mortes a cada hora, ou uma a cada cinco minutos.
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Na quinta-feira (23), um homem de 39 anos, identificado como Kazuo Ferreira Fukutani, infartou e morreu dentro de uma sala de cinema do Shopping Bela Vista. Segundo informações da 11ª Delegacia, o homem, que era psicólogo, passou mal logo após o início da exibição do filme. Uma equipe de bombeiros do shopping foi acionada, mas ao chegar ao local já encontrou o homem morto.
De acordo com o cardiologista do Happy Vida, Newnton Rodrigues, por ser uma situação repentina, o índice de mortes por infartos, é alto. “O infarto é uma situação aguda, ou seja, repentina, em que há uma falta de oxigenação no músculo cardíaco. É isso que pode provocar uma dor no peito e levar a arritmias e até a uma parada cardíaca, um infarto se não for atendido logo, pode levar a morte, por isso ele é tão temido,” explica.
Ainda segundo Rodrigues, a doença quando não chega ao seu pior desfecho pode ainda causar seqüelas que duram a vida inteira. “Mesmo que não leve a óbito, o infarto pode causar uma disfunção do músculo cardíaco e o paciente evoluir para uma deficiência cardíaca congestiva. É sempre uma doença de muita mortalidade e muita morbidade,” disse.
O tabagismo e o sedentarismo são alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento de um maior risco da doença, que tem atingido cada vez mais jovens. “As pessoas tem a idéia errada de que infarto acontece só em pessoas idosas, cada dia que passa temos mais jovens morrendo por causa disso. O fator principal é o que nós chamamos de aterosclerose, que são placas de gordura, causadas por um nível alto de colesterol, que vão crescendo e caso elas se rompam, provocam um efeito chamado trombose, que obstrui os vasos, então o sangue oxigenado não passa para o coração, que é o que causa o infarto. O acesso cada vez maior aos alimentos com alto teor de gordura, com uma dieta rica em lipídios,além do uso de anabolizantes, de termogênicos e de drogas, favorece bastante a ocorrência do infarto nos jovens,” explica o cardiologista.
Segundo o especialista em coração do Happy Vida, os sintomas vão além das dores no peito e da falta de ar. “Na imensa maioria das pessoas, a dor no peito, sensação de morte eminente, que é o grande sintoma do infarto. Mas é bom lembrar que existem dores que não são localizadas no peito, como dor no queixo, nas costas, nos ombros, no abdômen, que pode também ser um sintoma de infarto. Além disso, os idosos e os diabéticos, podem infartar sem apresentar dor, através de um mal estar qualquer como uma sudorese, palidez, tontura, enjôo, falta de ar. Eles podem na verdade estar enfartando e não apresentar a dor no peito,” conta.
O cardiologista faz um alerta para que as pessoas cada vez mais busquem um estilo de vida mais saudável. “Procurar um médico que ele vai avaliar os fatores de risco. Além disso, existem regras básicas como não fumar, manter o peso na faixa adequada, ter uma atividade física regular, manter o colesterol e o açúcar em níveis normais, por fim,dentro do possível, levar um vida menos estressante,” finaliza.
Matéria publicada no site Tribuna da Bahia
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