A partir de estudos randomizados, atividade regular é forma mais barata e preventiva para manutenção da saúde e qualidade de vida
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A hemofilia, distúrbio genético que afeta a coagulação do sangue, tem como a atividade física uma aliada para a prevenção de episódios hemorrágicos, sejam eles internos ou externos, que podem ocasionar problemas como dor, inchaço ou até mesmo sequelas físicas. Os exercícios, que são selecionados a partir de avaliação física e indicados por profissionais habilitados para a reabilitação, fortalecem a musculatura e agem como um mecanismo natural de prevenção de hemorragias.
O tema foi apresentado no XXIV Congresso Internacional do Grupo Colaborativo Latino Americano (CLAHT) de hemostasia e trombose, realizado em São Paulo, entre os dias 27 e 29 de agosto, por Rodrigo Yamamoto, fisiatra responsável pelo Ambulatório de Hemofilia no Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMREA- HC). “O exercício físico melhora o condicionamento da pessoa com hemofilia e os benefícios são constatados a partir de análise de revisões sistemáticas das quais conclui-se que há aumento e reforço da massa muscular. Quando variado e regular, a atividade diminui a frequência ou gravidade de episódios de sangramento”, reforça Yamamoto.
Os exercícios são fundamentais e podem atuar como tratamento de prevenção, mesmo quando não há fator de coagulação à disposição para usar, medicamento utilizado de forma preventiva para inibição das hemorragias, e é a forma mais barata, pois não precisa de uma aparelhagem disponível. Além de prevenir outras doenças como osteoporose, diabetes e problemas do coração, entre outras”, reforça o fisiatra.
Outro ponto abordado, é a necessidade de acompanhamento multiprofissional, desde odontologia, cardiologia e ortopedia que envolve até o simples uso de uma palmilha diferenciada que evita as hemartroses, as hemorragias internas que afetam os músculos, além da nutrição, psicologia, fisioterapia e fonoaudiologia, em casos necessários, além de serviço social e médico, terapia ocupacional e enfermagem.
“Indicado quando há estabilidade de episódios hemorrágicos, os pacientes que frequentam academia devem conhecer as limitações que a própria hemofilia impõe ao corpo, mas podem e devem fazer exercícios aeróbicos e de resistência, mas sem quantidade de repetições elevadas e sem grandes cargas, sempre acompanhados por profissionais habilitados. Com isso, há possibilidade de uma qualidade de vida adequada para ter uma rotina sem problemas sérios de saúde que podem ocasionar lesões que podem invalidar a pessoa
Matéria publicada no site Segs
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