sexta-feira, 23 de junho de 2017

CIGARRO, SEDENTARISMO E COLESTEROL ALTO TRAZEM MUITOS RISCOS PARA O CORAÇÃO

Em nosso sangue existem dois tipos de colesterol: o LDL, conhecido como ruim, e o HDL, conhecido como o bom. Nosso corpo produz 70% do colesterol e 30% vem da alimentação. Se o colesterol bom estiver baixo é uma má notícia. Se o colesterol ruim estiver alto, também!


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Colesterol baixo não é bom, mas alto também não é. O perigo do colesterol alto é ter um infarto e o coração parar. O Bem Estar desta terça-feira (26) falou sobre o colesterol com os cardiologistas Roberto Kalil e Raul Dias. Já ouviu falar da hipercolesterolemia? É uma doença que facilita o acesso do colesterol ruim para o sangue.

Em nosso sangue existem dois tipos de colesterol: o LDL, conhecido como ruim, e o HDL, conhecido como o bom. Nosso corpo produz 70% do colesterol e 30% vem da alimentação. Se o colesterol bom estiver baixo é uma má notícia. Se o colesterol ruim estiver alto, também!

O coração da enfermeira Gilmara Remédio entrou em colapso porque o colesterol bom estava abaixo do ideal. Fora isso, o coração de 43 anos corria risco por causa do cigarro e do sedentarismo. Agora, ela precisa de sete comprimidos por dia – remédios para o colesterol, pressão e coração.

Já o professor universitário João Marcos Kogawa teve que mudar os hábitos por causa do colesterol alto. Ele estava dez quilos acima do peso e a solução foi a dieta: nada de exagerar nos doces, no álcool e na carne vermelha. Depois, a inclusão da atividade física na rotina. Tudo ajudou a regular os níveis de colesterol sem a ajuda de remédios.

A alimentação está ligada ao colesterol. Por isso, devemos sempre procurar comer alimentos livres de gordura trans, saudáveis. Bancon, biscoito amanteigado, carne vermelha com gordura, queijo amarelo, por exemplo, são alimentos que aumentam o colesterol. Já frutas, mandioca, feijão, farelo de trigo, aveia, pão integral são boas opções.

Estatina

As estatinas agem no fígado, aumentando o número de receptores de LDL e a capacidade de captar o LDL circulante no sangue. Elas são indicadas para pessoas com hipercolesterolemia familiar; com colesterol alto ou problemas cardíacos; diabéticos tipo 2, com 40 anos ou mais e com LDL acima de 70 mg/dl; e mulheres com mais de 50 anos e homens com mais de 45 anos que têm fatores de risco (cigarro, pressão alta, obesidade, HDL baixo, problemas no coração).

O remédio não é indicado para quem tem LDL um pouco aumentado sem riscos associados: é magro, faz atividade física, tem alimentação saudável, não tem familiar de primeiro grau com doença coronária precoce, não é hipertenso, não fuma e tem o HDL normal.

Hipercolesterolemia

A doença atinge um em cada 300 brasileiros. Os riscos são enormes: metade dos que não se tratam vão enfartar até os 40 anos e 70% vão enfartar até os 60. Quem tem a doença e nunca se tratou, com certeza terá um infarto até os 70 anos.

A hipercolesterolemia está no gene chamado LDL-R. É ele que recebe e filtra o colesterol LDL. Uma mutação nesse gene deixa o LDL-R com defeito e aí o colesterol ruim acaba indo para a corrente sanguínea, ficando acima do normal.

Nos adultos, o sinal de alerta aparece quando o colesterol total está acima dos 300 ou o LDL maior que 210. Nas crianças, quem tem a doença, geralmente, o LDL está acima de 160 e o colesterol total maior que 220.

“Se uma pessoa na família tem a doença, 50% dos familiares de primeiro grau podem ter a doença também”, explica a coordenadora do Hipercol Brasil Cinthia E. Jannes.

Matéria publicada no site Globo.com

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