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São muitos os fatores que dificultam o bom andamento das aulas de educação física nos tempos atuais. Falta de estrutura das instalações, de materiais esportivos, incentivo governamental, e tecnologia, são apenas alguns dos principais motivos que se transformam em obstáculos para os professores durante a infância.
De frente para esse cenário, o que fazer para continuar motivando os seus alunos a praticarem atividades físicas durante as aulas?
Este estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tentou discutir o tema com maior profundidade e identificar possíveis fatores que podem influenciar positivamente no dia a dia.
O objetivo desta pesquisa foi investigar a percepção de competência, a orientação motivacional e a competência motora em crianças. Crianças (N = 298) escolhidas aleatoriamente (idade entre oito e 10 anos) foram avaliadas utilizando-se da “Self-perception profile for children” (Harter, 1985); “Scale of intrinsic versus extrinsic orientation in the classroom” (Harter, 1980); e o “Test of Gross Motor Development – 2″ (Ulrich, 2000).
Os resultados das correlações indicaram que: 1) crianças que se perceberam competentes eram motivadas intrinsecamente; e, 2) crianças que se perceberam competentes demonstraram desempenho mais elevado. Os resultados das comparações (ANOVA) indicaram que: 1) meninos perceberam-se e são mais competentes motoramente, entretanto meninos e meninas apresentaram orientação motivacional semelhante; e, 2) nas diferentes idades observam-se semelhanças nas percepções e nos níveis de competência, entretanto crianças mais velhas demonstram motivação intrínseca mais elevada. Proporcionar as crianças experiências motoras variadas; instrução; correto “feedback”; e encorajamento é essencial ao seu desenvolvimento integral.
Para ter acesso ao estudo, na íntegra, clique:http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16671
Autores:Gabriela VILLWOCK; Nadia Cristina VALENTIN
Publicação:Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p.245-57, out./dez. 2007
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