sexta-feira, 16 de junho de 2017

PROBLEMA DE ESTADO: MENOS DE 40% DIZEM PRATICAR ESPORTE OU ATIVIDADE FÍSICA

Cenário é alarmante para o presente e nebuloso para o futuro

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Por Pedro Lopes

Um estudo realizado pelo IBGE em parceria com o Ministério do Esporte e divulgado nesta quarta-feira (17) mostra que o número de sedentários no Brasil corresponde a 62,1% entre pessoas com 15 anos ou mais. Mais de 100 milhões de brasileiros não praticaram atividade física entre setembro de 2014 e setembro de 2015. O número de sedentários é maior do que o de pessoas que se consideram ativas (61,3 milhões).

A maior parte dos sedentários entrevistados atribui à falta de tempo o fato de não praticar esporte (38,2%). Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a razão mais citada foi o fato de não gostarem ou não querem disputar uma modalidade, com 57,3%.

Motivos de saúde ou idade aparecem em terceiro lugar na lista de justificativas (19%), à frente de falta de instalação esportiva acessível (2,7%), problemas financeiros (1,9%) e falta de companhia (1,7%).

Apesar do número alto de sedentários, 73,3% das pessoas de 15 anos ou mais acreditam que o poder público deveria investir mais em esporte e atividades físicas.

Há uma relação entre grau de escolaridade e renda na prática de esportes ou atividades físicas. 65,2% da classe que recebe cinco salários mínimos ou mais têm o hábito de se exercitar regularmente, contra 17,3% das pessoas sem instrução.

Com 50,4% da população ativa, o Distrito Federal é o líder da lista de esportes e atividades físicas somados. O Rio de Janeiro tem o menor índice, com 18,9%.

Em 2015, o Diagnóstico Nacional do Esporte, uma pesquisa elaborada pelo governo federal, indicava que 45,9% dos brasileiros (67 milhões de pessoas) não realizaram atividades físicas em 2013. Diferentemente do estudo lançado nesta quarta, o documento anterior não tinha recorte de idade.


Efeitos financeiros do sedentarismo


Os prejuízos do sedentarismo não são apenas para a saúde, já que o custo é alto também para os cofres públicos. De acordo com uma estimativa de uma série de estudos publicada na revista científica norte-americana Lancet, a falta de atividade física custa à economia global US$ 67,5 bilhões (cerca de R$ 220 bilhões) anualmente.

Atualmente, o sedentarismo é uma ameaça tão grave à saúde pública quanto o tabagismo e já é mais letal do que a obesidade. Todos os anos morrem cerca de 5 milhões de pessoas em razão da inatividade física.

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