sexta-feira, 16 de junho de 2017

CRIANÇAS SEDENTÁRIAS: COMO EVITAR? PESQUISA EXPLICA

Estudo realizado com crianças da Paraíba mostra os principais fatores que influenciam nesse processo

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Em um momento onde a sociedade e a comunidade científica discutem as implicações da utilização da tecnologia no dia a dia da vida humana, um grupo de pesquisadores de Santa Catarina e Brasília resolveu ir fundo na questão e entender os principais fatores que levam uma criança a não praticar atividade física. As conclusões nos levam a ligar o botão de alerta e entender de que forma poderemos mitigar o impacto desse novo cenário eletrônico e conscientizar jovens e adolescentes da importância de se movimentar. Confira o estudo, na íntegra.

Pesquisa: “Comportamentos sedentários associados ao excesso de peso corporal”


Este estudo objetivou identificar possíveis relações entre comportamentos sedentários e o excesso de peso corporal. Participaram do estudo 1570 escolares da cidade de João Pessoa, PB, Brasil, com idades de sete a 12 anos. Os estudantes responderam a três questões objetivas sobre a atividade física mais praticada fora da escola (assistir TV, tarefas domésticas, brincar ou praticar esportes), o meio de transporte normalmente utilizado (carro/moto/ônibus = passivo e a pé/bicicleta = ativo) e o tempo gasto de casa até a escola.

O excesso de peso foi classificado a partir de critérios propostos pela International Obesity Task Force. Para análise estatística, utilizou-se o teste qui-quadrado e a regressão logística multivariada. A chance de apresentar excesso de peso foi de 81% (IC 95% = 1,23-2,65) maior entre os meninos que assistiram TV, em comparação aos que realizaram outras atividades; e três vezes maior (IC 95% = 1,92-5,38) para os escolares que se deslocavam passivamente à escola, em relação aos que seguiam a pé/bicicleta. Nas meninas, a chance de excesso de peso foi 2,27 vezes maior (IC 95% = 1,39-3,71) entre as que se deslocavam à escola de forma passiva, quando comparadas às que se deslocavam ativamente.

Conclui-se que, assistir TV na maior parte do tempo livre para os meninos e utilizar deslocamentos passivos para ir à escola, para ambos os sexos, aumentou as chances dos estudantes terem excesso de peso corporal.

Para ter acesso ao estudo, na íntegra, clique: http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16650

Autores:Kelly Samara da Silva, Adair da Silva Lopes, Francisco Martins da Silva
Publicação:Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.21, n.2, p.135-41, abr./jun. 2007

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