quarta-feira, 31 de maio de 2017
terça-feira, 30 de maio de 2017
PARA CAPACITAR PROPONENTES, MINISTÉRIO PROMOVE 1º WORKSHOP DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE
O Ministério do Esporte promove, no dia 8 de junho de 2017, o 1ª Workshop da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE). O evento, destinado aos proponentes de projetos esportivos – associações, clubes, federações, entes governamentais, institutos e ligas –, tem o objetivo de explicar o funcionamento da lei e esclarecer alguns pontos na apresentação de proposta, bem como sua inserção no sistema da LIE. Além disso, o seminário, que será realizado no auditório principal do Ministério do Esporte, visa apontar os principais erros que inviabilizam a aprovação da proposta pela comissão técnica responsável e ainda detalhar as etapas da execução do projeto e a fase de prestação de contas.
Sancionada em 29 de dezembro de 2006 e regulamentada no ano seguinte, a Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº 11.438) permite que empresas e pessoas físicas invistam parte do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos aprovados pelo Ministério do Esporte. As empresas podem destinar até 1% do valor e ainda acumular com investimentos proporcionados por outras leis de incentivo, como a Lei Rouanet, para a cultura. Já as pessoas físicas investem até 6%, porém estão impedidas de acumular com outras deduções.
De 2007 – ano em que a LIE entrou em funcionamento – até 2016, os projetos aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte captaram aproximadamente R$ 1,8 bilhão, levando esporte a milhões de pessoas por todo o Brasil nas três vertentes da LIE: projetos voltados ao esporte como lazer – chamado de esporte de participação –, ao esporte como instrumento de educação e ao esporte de alto rendimento. Apenas em 2016, 726 projetos foram publicados e R$ 265.727.473,33 foram captados, o maior valor anual desde a implementação da lei, em 2007.
Em 2016, quase 979 mil pessoas foram beneficiadas por projetos da LIE. A evolução na quantidade de pessoas físicas e jurídicas que incentivam o esporte também aumentou exponencialmente: em 2007 foram 462 incentivadores contra 3.442 em 2016.
De acordo com José Cândido da Silva Muricy, diretor Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE) do Ministério do Esporte, o objetivo do workshop é desmistificar alguns pontos da legislação e auxiliar os proponentes a melhorarem a qualidade dos projetos e da prestação de contas.
“O workshop tem a proposta de aproximação com o proponente. A distância entre nós está muito grande e essa oficina de trabalho é importante para esclarecer pontos críticos e recorrentes que ocorrem na apresentação de projetos”, explicou Muricy. “A ideia é analisar cada etapa do processo de cadastramento de projetos”, afirmou.
Muricy explicou que várias questões que geram dúvidas nos proponentes já foram identificadas e serão trabalhadas no workshop. “Queremos melhorar a qualidade do projeto e reduzir as divergências de interpretação sobre vários assuntos, como pagamento de profissionais, os padrões de gastos, o que são projetos de alto rendimento, participação e educacional. Queremos criar um parâmetro”, disse.
Outro tema abordado no seminário será a elaboração do processo de prestação de contas dos projetos aprovados. Para Muricy, a Lei de Incentivo é um mecanismo importantíssimo de fomento ao esporte, porém é preciso otimizar obrigações e procedimentos administrativos que vão comprovar o bom uso dos recursos. “Queremos sentar com os proponentes e explicar qual a nossa visão para avaliar os projetos para que eles estejam mais preparados para elaborar a prestação de contas”, concluiu.
» Ficha de inscrição para o 1º Workshop da Lei de Incentivo ao Esporte
Mais informações sobre a Lei de Incentivo ao Esporte podem ser obtidas no portal brasil2016.gov.br e na página sobre a Lei de Incentivo no site do Ministério do Esporte.
Rafael Brais e Luiz Roberto Magalhães - Ministério do Esporte
KARATÊ ADAPTADO - MAIS UMA HISTORIA DE SUPERAÇÃO
KARATÊ ADAPTADO, MAIS QUE UM PROJETO SOCIAL, UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO.
Projeto que desenvolve habilidades motoras e qualidade de vida em deficientes físicos, visuais e intelectuais oferece aulas para 150 jovens em 6 unidades e coleciona histórias de vitória e força de vontade
As margens da Via Anchieta na Zona Sul da capital paulista abriga um a das unidades do Projeto Karate Adaptado,
uma reunião de belas histórias e um espaço de superação e força de vontade, comandado a pulso firme pelo Mestre Sergio Reinaldo Longo, o projeto existe desde 2009 e como não poderia ser diferente nasceu de um sonho.
“Eu tive dois sobrinhos deficientes e desde pequenos eles adoravam o karate e eu dizia que um dia iria ensiná-los, um deles faleceu antes mesmo de eu ter a oportunidade de colocá-lo no tatame e o outro tem uma deficiência grave que não permite. Para não deixar esse sonho morrer eu percebi que vários outros deficientes precisavam de mim e eu poderia ajuda-los, então todas as técnicas que eu desenvolvi para os meus sobrinhos eu aperfeiçoei e há cinco anos coloco em prática com meus alunos” conta emocionado Sergio Longo.
O sonho do Mestre Sergio Longo ganhou asas, o projeto cresceu, apenas dois anos depois eram 3 unidades e hoje dobrou, são 6 unidades com cerca de 10 professores e mais de 100 alunos entre eles deficientes intelectuais, físicos, visuais e auditivos cada grupo com um estilo específico de aula para desenvolver exatamente os pontos prejudicados pela deficiência.
“O Maior problema deles é a coordenação então trabalhamos isso, desenvolvemos exercícios específicos mas a grande vitória deles é muito maior que se graduarem ou ficarem bons no karatê. Temos um aluno de 29 anos e fazemos uma aula específica para ele, depois de 1 ano ele pela primeira vez conseguiu ir no banheiro sozinho, essa é a vitória dele, a de outros é diminuir os remédios, outro regrar o sono, outros ter disciplina e aprender a ouvir para se acalmarem e o karatê é instrumento dessas melhoras” relata Sergio Longo.
Cada aula é transformada num ambiente extremamente familiar, além do Mestre Sergio, outras duas monitoras circulam entre os atletas para corrigir detalhe por detalhe com toda paciência e atenção necessária, tudo isso com os pais de cada um acompanhando de perto a evolução dos filhos como Ana maria mãe de Luis Augusto “Eu nunca falto, primeiro porque ele faz questão que eu venha, e cada movimento ele olha para saber se estou vendo e no final ainda quer que eu conte tudo o que eu vi ele fazendo e também porque é gratificante ver cada desenvolvimento dele, a cada aula está melhor”.
Além dos alunos deficientes o projeto também se estendeu para crianças em grupos de risco, nos CEU’s Caminho do Mar e Meninos (Heliópolis) regiões com elevado índice de criminalidade o projeto atende 80 crianças e funciona como um disciplinador, evitando que as crianças fiquem nas ruas e se envolvam com o tráfico de drogas e até recuperando jovens infratores.
“Esse é um trabalho árduo, eles precisam de disciplina, de respeito e entender que não é porque alguém da família tem problemas com a justiça ou a polícia que eles também terão” avalia o Mestre Sergio.
Todo projeto é gratuito e recebe apoio da Federação Paulista de Karate que registrou todos os membros do projeto que agora são reconhecidos como atletas da FPK, que invariavelmente coloca os Paratletas para realizar aberturas de Campeonatos e no mês de Dezembro realizou o “1º Campeonato de Karate Adptado” do Brasil.
“Foi uma alegria muito grande para nós, o Mestre Sergio separou alunos com maior capacidade de compreensão sobre a vitória e a derrota, com movimentos mais apurados e fizemos um belo campeonato. A alegria de todos, atletas, familiares, organizadores e público foi visível, é bonito ver o que nosso esporte pode fazer para ajuda-los”avaliou José Carlos – Presidente da Federação Paulista de Karate.
A grande batalha agora é conseguir organizar um ranking nacional, ter um calendário de competições durante todo o ano e quem sabe ver o Karate Adaptado nos Jogos Paralímpicos.
A PRÁTICA DO KARATÊ PARA PESSOAS EM CADEIRA DE RODAS
A partir das duas Guerras Mundiais, a necessidade das modernas sociedades em aumentar o rendimento com a diminuição do investimento, e sustentar elementos não produtivos, houve uma preocupação nas descobertas de métodos que visassem uma reintegração social do deficiente e, na medida do possível, torna-lo um fator de produção para a sociedade.
Surgiu então a atividade física, que tem demonstrado sua eficiência como um dos métodos a serem utilizados no arsenal terapêutico desta recuperação. Com o avanço científico moderno, o progresso dos conhecimentos o terreno da fisiologia do exercício, da psicologia, dos fatores biomecânicos, dos métodos de avaliação, da sociobiologia vieram despertar ainda mais, tais atividades. (ROSADAS, 1991),
Para ARAÚJO (1998) o desporto adaptado se propunha a minimizar as seqüelas nos soldados acometidos pelos traumatismos, em decorrência das guerras, mais especificamente em relação à Segunda Guerra Mundial, na década de 40. O objetivo da reabilitação dos soldados feridos em decorrência da guerra, naquele momento era prioridade do governo dos países envolvidos no conflito e também da classe científica, pois a expectativa e a qualidade de vida chamavam a atenção para a necessidade de estudos. Por outro lado, estes governos sentiam-se na obrigação de dar uma resposta à sociedade, no sentido de estar fazendo alguma coisa para minimizar as adversidades causadas pela guerra.
Os primeiros passos, neste sentido ocorreram em fevereiro de 1944, quando médico alemão, de origem judaica, exilado na Inglaterra, Sir Ludwig Guttmann, neurologista e neurocirurgião, foi convidado pelo governo britânico para fundar o centro de reabilitação para tratamento dos soldados lesionados medulares no Hospital de Stoke Mandeville, próximo à cidade de Aylesburg. Dr. Guttmann dedicou-se a esta atividade de 1943 a 1980. O primeiro programa de esporte em cadeira de rodas foi iniciado no Hospital de Stoke Mandeville em 1945, com o objetivo de trabalhar o tronco e os membros superiores e diminuir o tédio da vida hospitalar e prepara-los para o trabalho.
Em 1960, o Dr. Guttmann concretizou seu sonho, idealizado em 1948, de realizar um evento que tivesse o mesmo impacto de uma olimpíada. Realizado em Roma, o IX jogos de Stoke Mandiville, teve a presença de 400 participantes de 23 países, com apoio do Comitê Olímpico Italiano (COI), que passaram anos depois a se chamar “Paraolympics” (Olimpíadas para paraplégicos).
A introdução do esporte adaptado no Brasil se deu por meio de Del Grande com grupo que veio fazer jogos de exibições nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Um dos elementos que se chamava Jean Quellog sugeriu a Del Grande que fundasse um clube dos paraplégicos no Brasil. Ele despachou uma cadeira esportiva dos Estados Unidos e Balmer (um antigo fabricante de cadeira de rodas) fez as outras.
As modalidades esportivas para as pessoas com deficiências físicas são baseadas na classificação funcional e atualmente apresentam uma grande variedade de opções. As modalidades olímpicas são o arco e flecha, atletismo, basquetebol, bocha, ciclismo, equitação, futebol, halterofilismo, iatismo, natação, rugby, tênis de campo, tênis de mesa, tiro e voleibol (ABRADECAR, 2002).
A participação de pessoas com deficiência física em eventos competitivos no Brasil e no mundo vem sendo ampliada. Por serem um elemento ímpar no processo de reabilitação, as atividades físicas e esportivas, competitivas ou não devem ser orientadas e estimuladas, visando assim possibilitar ao portador de deficiência física, mesmo durante seu programa de reabilitação alcanças os benefícios que estas atividades podem oferecer, visando uma melhor qualidade de vida.
Dentro dos esportes adaptados apresentados, nota-se que há muito pouco espaço para as artes marciais, tornando-se necessário desenvolver ou adaptar artes marciais para esta população. De acordo com dados do Censo, 24,5 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, o que corresponde a 14,5% da população e a prática de uma atividade física adaptada, proporciona á pessoa com deficiência física condições através da pratica do esporte, da recreação e do lazer uma melhor qualidade de vida.
Alguns autores como GUTTMAN (1976b), SEAMAN (1982), LIANZA (1985), SHERRILL (1986), ROSADAS (1989), SOUZA (1994), SCHUTZ (1994) e GIVE IT A GO (2001) ressaltam que o esporte adaptado traz inúmeros benefícios como melhoria e desenvolvimento de auto-estima, auto-valorização e auto-imagem; o estímulo à independência e autonomia; a socialização com outros grupos; a experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações; a vivência de situações de sucesso e superação de situações de frustração; a melhoria das condições organo-funcional (aparelhos circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor); melhoria na força e resistência muscular global; a possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição; prevenção de deficiências secundárias entre outras
Em Paises como a Irlanda, Japão e Portugal, já existe a prática do Karatê para cadeirantes. No Brasil existem vários esportes para deficientes como arco e flecha, bocha, halterofilismo, hipismo, natação, tênis, dentre outros, porém não se tem registro do ensino teórico-prático do Karatê para esta população.
A partir de pesquisas incipientes, há registros que a prática do Karatê para pessoas portadoras de deficiência física temporária ou permanente pode ser viável, uma vez que já existe a prática do Karatê para essas pessoas, o Karatê em Cadeira de Rodas.
O Karatê em Cadeira de Rodas atua simultaneamente como autodefesa e como bom exercício, no desenvolvimento de capacidades, de reflexos e força, para pessoas deficientes. Para isso, adaptou-se um sistema similar aos métodos aplicados no Karatê Tradicional, para o Karatê em Cadeira de Rodas.
Os métodos utilizados no ensino do Karatê adaptado são os ideais para as pessoas que estão recuperando de doenças ou se encontram fisicamente fracas ou que por alguma razão estão incapacitadas de praticar essa modalidade. Deste modo podem praticar o Karatê em Cadeira de Rodas até que estejam aptos para voltar ao treino regular.
A ACMS (Colégio Americano de Medicina do Esporte) (1997), relata que um programa de atividades físicas para as pessoas com deficiência física devem observar a princípio se a adaptação dos esportes ou atividades mantendo os mesmos objetivos e vantagens da atividade e dos esportes convencionais, ou seja, aumentar a resistência cárdio-respiratória, a força, a resistência muscular, a flexibilidade, etc.
Um outro ponto a considerar na elaboração de atividades para as pessoas de necessidades educativas especiais, em destaque aqui o indivíduo com deficiência física, é a necessidade de adaptação dos materiais e equipamento, bem como a adaptação do local onde esta atividade será realizada.
O projeto de pesquisa torna-se importante por serem inexpressivos trabalhos a nível acadêmico sobre o assunto. A escolha de uma modalidade esportiva pode depender em grande parte das oportunidades que são oferecidas as pessoas com deficiência física, da sua condição sócio-econômica, das suas limitações e potencialidades, da suas preferências esportivas, facilidade nos meios de locomoção e transporte, de materiais e locais adequados, do estímulo e respaldo familiar, de profissionais preparados para atendê-los, dentre outros fatores.
segunda-feira, 29 de maio de 2017
MENINO CADEIRANTE SUPERA LIMITAÇÕES E DESCOBRE PAIXÃO PELO TAEKWONDO
Duas vezes por semana, o pequeno Luigi Palumbo, de cinco anos, encontra os colegas na academia de artes marciais em Campo Grande para praticar o taekwondo, seu esporte preferido.
Duas vezes por semana, o pequeno Luigi Palumbo, de cinco anos, encontra os colegas na academia de artes marciais em Campo Grande para praticar o Taekwondo, seu esporte preferido.
A turma aprende os movimentos básicos da modalidade e se diverte com as brincadeiras propostas pelo mestre. Luigi é alegre e esperto como as outras crianças, mas a condição de cadeirante faz dele um exemplo de superação. É por meio do esporte que a família procura dar ao menino uma vida perfeitamente normal.
Luigi nasceu com má formação do tubo neural na espinha dorsal, o que impede o movimento dos membros inferiores. Esse defeito congênito é chamado de mielomeningocele. Logo que entrou para a vida escolar, o menino recebeu incentivo dos pais para praticar esportes e adotar um estilo de vida saudável. Luigi chegou a iniciar no karatê, mas depois que mudou de colégio, conheceu o Taekwondo por indicação de uma colega de classe, que também fazia aulas.
- Nós o incentivamos porque, além de ser uma atividade física, o esporte é um meio de inclusão. Aqui ele é bem recebido pelos colegas, todos o adoram. Ele participa das aulas em iguais condições. Tudo isso trouxe reflexos no aspecto físico e emocional do menino, fez com que ele interagisse mais com todo mundo – conta o pai, o advogado César Palumbo Fernandes.
Embora o taekwondo seja uma modalidade que envolva chutes, isso não impede que Luigi aprenda os conceitos básicos e possa, inclusive, alcançar a faixa preta, como explica o mestre Tiago Brandão, faixa preta 4º Dan.
- Vi que ele tem bastante interesse e vontade de aprender. Sempre chega animado para as aulas. O importante é que ele faça algo que se sinta bem. Futuramente ele pode até se tornar um mestre, caso queira continuar se dedicando ao esporte.
A academia que Luigi frequenta, na região central da cidade, atende cerca de 100 crianças e adolescentes. O mestre Tiago Brandão tem graduação em Educação Física e ênfase no ensino adaptado para deficientes físicos, o que deu tranquilidade à família do menino.
Nos treinos, Luigi acompanha a turma em todas as atividades, desde a reverência às bandeiras do Brasil e da Coreia do Sul – como é tradição ao entrar ou sair do dojô – até a prática dos golpes de ataque e defesa. E se a hora é de brincar de pega-pega, por exemplo, Luigi também participa. Quando os colegas tentam ajudá-lo empurrando a cadeira a todo instante, os monitores orientam que é melhor para o menino que ele se locomova sozinho.
- É bacana que os outros também aprendem a conviver com ele – diz o mestre Brandão.
Luigi frequenta as aulas há pouco mais de um mês. Desde que fez os primeiros testes, se apaixonou e não larga o kimono. Até já ganhou medalha de segundo lugar em um festival por equipes. Perguntado sobre o que pretendia ser quando crescer, adivinha o que ele respondeu?
- Quero ser mestre – diz Luigi.
Incentivo dos pais é o que não vai faltar para o menino
– A família entende que o esporte é fundamental para qualquer criança, e nós o incentivamos muito. Acho que ele deve ter sempre uma vida esportiva ativa, mas também gostaríamos que ele focasse na formação intelectual. Se o Luigi decidir ser um atleta profissional, vai ser fantástico – diz o pai.
Matéria publicada pelo sita Globo.com
• Lutas
Duas vezes por semana, o pequeno Luigi Palumbo, de cinco anos, encontra os colegas na academia de artes marciais em Campo Grande para praticar o Taekwondo, seu esporte preferido.
A turma aprende os movimentos básicos da modalidade e se diverte com as brincadeiras propostas pelo mestre. Luigi é alegre e esperto como as outras crianças, mas a condição de cadeirante faz dele um exemplo de superação. É por meio do esporte que a família procura dar ao menino uma vida perfeitamente normal.
Luigi nasceu com má formação do tubo neural na espinha dorsal, o que impede o movimento dos membros inferiores. Esse defeito congênito é chamado de mielomeningocele. Logo que entrou para a vida escolar, o menino recebeu incentivo dos pais para praticar esportes e adotar um estilo de vida saudável. Luigi chegou a iniciar no karatê, mas depois que mudou de colégio, conheceu o Taekwondo por indicação de uma colega de classe, que também fazia aulas.
- Nós o incentivamos porque, além de ser uma atividade física, o esporte é um meio de inclusão. Aqui ele é bem recebido pelos colegas, todos o adoram. Ele participa das aulas em iguais condições. Tudo isso trouxe reflexos no aspecto físico e emocional do menino, fez com que ele interagisse mais com todo mundo – conta o pai, o advogado César Palumbo Fernandes.
Embora o taekwondo seja uma modalidade que envolva chutes, isso não impede que Luigi aprenda os conceitos básicos e possa, inclusive, alcançar a faixa preta, como explica o mestre Tiago Brandão, faixa preta 4º Dan.
- Vi que ele tem bastante interesse e vontade de aprender. Sempre chega animado para as aulas. O importante é que ele faça algo que se sinta bem. Futuramente ele pode até se tornar um mestre, caso queira continuar se dedicando ao esporte.
A academia que Luigi frequenta, na região central da cidade, atende cerca de 100 crianças e adolescentes. O mestre Tiago Brandão tem graduação em Educação Física e ênfase no ensino adaptado para deficientes físicos, o que deu tranquilidade à família do menino.
Nos treinos, Luigi acompanha a turma em todas as atividades, desde a reverência às bandeiras do Brasil e da Coreia do Sul – como é tradição ao entrar ou sair do dojô – até a prática dos golpes de ataque e defesa. E se a hora é de brincar de pega-pega, por exemplo, Luigi também participa. Quando os colegas tentam ajudá-lo empurrando a cadeira a todo instante, os monitores orientam que é melhor para o menino que ele se locomova sozinho.
- É bacana que os outros também aprendem a conviver com ele – diz o mestre Brandão.
Luigi frequenta as aulas há pouco mais de um mês. Desde que fez os primeiros testes, se apaixonou e não larga o kimono. Até já ganhou medalha de segundo lugar em um festival por equipes. Perguntado sobre o que pretendia ser quando crescer, adivinha o que ele respondeu?
- Quero ser mestre – diz Luigi.
Incentivo dos pais é o que não vai faltar para o menino
– A família entende que o esporte é fundamental para qualquer criança, e nós o incentivamos muito. Acho que ele deve ter sempre uma vida esportiva ativa, mas também gostaríamos que ele focasse na formação intelectual. Se o Luigi decidir ser um atleta profissional, vai ser fantástico – diz o pai.
Matéria publicada pelo sita Globo.com
• Lutas
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA DEFICIENTES: ESTAMOS PRONTOS?
A prática esportiva, além de desenvolver as habilidades físicas, transcende o esporte e representa uma fonte inesgotável de conceitos éticos e morais, colaborando com o processo educativo como um todo.
Responsável por introduzir o esporte na vida de um número expressivo de brasileiros, a Educação Física nas escolas envolve carências gigantescas para os alunos regulares, mas consegue ser ainda pior para os deficientes.
Embora frequentar uma escola seja um princípio básico garantido por lei, crianças e adolescentes deficientes enfrentam uma série de barreiras na questão da acessibilidade, que se estende ao âmbito esportivo.
Um levantamento feito pelo site G1 aponta que somente 23 municípios do Brasil contam com todas as suas escolas acessíveis. Entre as escolas municipais, a situação é ainda pior: só 17% das unidades têm estruturas mínimas para deficientes.
Fatores como a falta de capacitação dos professores de Educação Física, as limitações de infraestrutura das escolas ou até mesmo o desconhecimento fazem com que a maioria dos portadores de deficiências sejam excluídos das atividades físicas.
Segundo Sileno Santos, coordenador dos programas esportivos adaptados da Associação Desportiva para Deficientes (ADD), colocar estudantes deficientes e regulares em quadra para praticar a mesma modalidade não garante a inclusão. A conscientização e a capacitação dos professores para que as adaptações ideais sejam feitas para cadeirantes, amputados ou crianças com paralisia devem ser encaradas pelos governantes como peças-chave para que a inclusão realmente aconteça.
“O professor precisa estar capacitado, o que, muitas vezes, não acontece e faz com que esses profissionais não tenham como verificar quais são as adaptações possíveis para esses alunos. Isso faz com que seja comum ver um cadeirante isolado nas aulas de Educação Física. Muitas vezes, o professor quer incluir e não sabe como. A escola e o próprio Estado não fornecem essa capacitação. O profissional tem que ter o conhecimento do impacto que a deficiência tem”, diz.
Santos afirma que a educação inclusiva é uma realidade distante no Brasil, já que a inclusão, da forma como é vista atualmente, é “bonita no papel”. O caminho indicado por ele é a junção de grupos de alunos deficientes em faixas etárias semelhantes para modalidades como o basquete para cadeirantes ou o vôlei sentado.
“Muitos imaginam que a inclusão com alunos regulares é a melhor saída para o estudante com deficiência, mas isso, em alguns casos, só gera exclusão. Uma situação ideal seria reunir o maior número de alunos deficientes na mesma faixa etária e fazer com que as ações sejam direcionadas a esse público”,
DEFICIENTES BUSCAM A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS
As atividades físicas são recomendadas para todas as idades e para qualquer tipo de pessoa. O fisiologista e preparador físico de alto rendimento Gustavo Barquilha fala sobre a importância e características da atividade física para pessoas com deficiência.
As atividades físicas são recomendadas para todas as idades e para qualquer tipo de pessoa. O fisiologista e preparador físico de alto rendimento Gustavo Barquilha fala sobre a importância e características da atividade física para pessoas com deficiência.
Os deficientes também buscam a prática dos exercícios para o melhor condicionamento físico. Gustavo Barquilha, fisiologista, preparador físico e mestre em ciências do movimento humano, ressalta que as pessoas que têm deficiência devem fazer consulta médica antes de começar a realização de qualquer atividade física. “Os deficientes têm os mesmos problemas que os não-deficientes. É necessário ver se eles não têm diabetes, níveis de gordura elevados ou outros problemas que possam atrapalhar a prática das atividades”, destaca.
Adaptação
O especialista afirma que as pessoas com deficiência podem praticar qualquer tipo de exercício, pois existem diversas atividades adaptáveis. “Desde que a patologia esteja controlada, qualquer exercício pode ser feito. Isso irá aumentar o bem-estar e a autoestima do deficiente”, afirma.
Modalidades como natação, corrida, basquete e ciclismo em cadeira de rodas estão entre as atividades mais procuradas pelas pessoas que possuem deficiência.
Para garantir a segurança dos deficientes, os exercícios devem ser acompanhados pelo médico e pelo profissional de saúde responsável pelo paciente, para evitar futuras complicações decorrentes da prática errada de exercício.
Matéria publicada pelo site Porto Gente
As atividades físicas são recomendadas para todas as idades e para qualquer tipo de pessoa. O fisiologista e preparador físico de alto rendimento Gustavo Barquilha fala sobre a importância e características da atividade física para pessoas com deficiência.
Os deficientes também buscam a prática dos exercícios para o melhor condicionamento físico. Gustavo Barquilha, fisiologista, preparador físico e mestre em ciências do movimento humano, ressalta que as pessoas que têm deficiência devem fazer consulta médica antes de começar a realização de qualquer atividade física. “Os deficientes têm os mesmos problemas que os não-deficientes. É necessário ver se eles não têm diabetes, níveis de gordura elevados ou outros problemas que possam atrapalhar a prática das atividades”, destaca.
Adaptação
O especialista afirma que as pessoas com deficiência podem praticar qualquer tipo de exercício, pois existem diversas atividades adaptáveis. “Desde que a patologia esteja controlada, qualquer exercício pode ser feito. Isso irá aumentar o bem-estar e a autoestima do deficiente”, afirma.
Modalidades como natação, corrida, basquete e ciclismo em cadeira de rodas estão entre as atividades mais procuradas pelas pessoas que possuem deficiência.
Para garantir a segurança dos deficientes, os exercícios devem ser acompanhados pelo médico e pelo profissional de saúde responsável pelo paciente, para evitar futuras complicações decorrentes da prática errada de exercício.
Matéria publicada pelo site Porto Gente
AUTISMO: ESPORTE É FUNDAMENTAL PARA A APRENDIZAGEM
Atividades físicas e práticas esportivas oferecem um amplo repertório de experiências sensório-motoras que colaboram com o desenvolvimento de diversas funções cognitivos, tais como: memória e atenção – desde a infância até a idade adulta – e beneficiam tanto crianças com desenvolvimento típico quanto – e especialmente – aquelas com transtornos do espectro do autismo.
A incessante busca por informações e métodos que contribuam para o bom desenvolvimento das crianças e jovens diagnosticados com TEA – Transtorno do Espectro do Autismo, assim como os crescentes estudos e pesquisas para encontrar caminhos que levem a um maior entendimento de suas causas para, dessa forma, chegar a um lugar – hoje ainda distante –, chamado cura, fazem parte do dia a dia dessas milhões de pessoas no mundo todo.
Enquanto a cura não chega, juntamente com as terapias de estimulação cerebral, que permanecem sendo uma das principais ferramentas para controlar os sintomas e assegurar o desenvolvimento das pessoas portadoras do TEA, ganham força as chamadas experiências sensório-motoras, nas quais se incluem a música e a atividade física e prática esportiva.
No livro “Smart Moves: Why Learning Is Not All In Your Head” (Movimentos Inteligentes: Por que a aprendizagem não está toda em sua cabeça), escrito em 1995, pela neurofisiologista e educadora Carla Hannaford, uma visão muito instigante do papel do corpo no pensamento e aprendizagem mereceu a minha atenção. Citando pesquisas sobre o desenvolvimento da criança, fisiologia e neurociência, a autora trouxe à luz as maneiras pelas quais as experiências sensório-motoras afetam diversos aspectos da nossa cognição, desde a infância até a idade adulta, e concluiu que o movimento é crucial para a aprendizagem.
Como profissional e pesquisador da área da Educação Física, encontrei neste argumento a inspiração para a proposta, que já intuía, juntamente com minha esposa, Lucila Schliemann, em sua prática clínica em fonoaudiologia, de oferecer atividades físicas e esportivas para crianças visando contribuir com o seu desenvolvimento global.
Porém, quando nos deparamos com o nosso primeiro aluno com TEA no desenvolvimento de nossas atividades curriculares em nosso espaço, voltado para atividade física com crianças e adolescentes, a percepção de que embora trabalhássemos com diversas atividades visando o desenvolvimento motor, social, cognitivo e sensorial de nossos alunos, estávamos diante de um novo e estimulador desafio e havia a necessidade de buscar mais informações sobre como desenvolver essas habilidades em crianças com transtornos de neurodesenvolvimento e, em especial com aquelas acometidas pelo TEA. Essa foi a motivação para estudar com profundidade este tema e proporcionar uma experiência exitosa para essas crianças de tal forma a incluí-las efetivamente nas atividades oferecidas.
Dessa forma, acabei realizando meu trabalho de conclusão de curso de educação física, pela Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, através de uma monografia sobre as estratégias de inclusão esportiva de crianças autistas, em que procurei abordar os benefícios da atividade física para o desenvolvimento global das crianças autistas e indicar caminhos para sua inclusão gradativa no universo das práticas corporais e esportivas.
A esse primeiro trabalho seguiram-se outros estudos mais específicos sobre atividade física e autismo, trabalhos apresentados em congressos científicos, e hoje desenvolvo um projeto de pesquisa na Escola de Educação Física da USP voltado para avaliação dos efeitos do foco de atenção na aprendizagem motora de crianças com TEA.
A paixão pelo esporte sempre esteve presente na minha vida desde a infância, por meio dos campeonatos de futebol aos domingos no antigo clube Interlagos em São Paulo, com a participação nos programas de atividades físicas e recreativas, oferecidos pelo SESC (Dr. Vila Nova/SP) e como atleta de voleibol das categorias de base (pré-mirim ao juvenil) do Club Athletico Paulistano.
Apesar de todo esse envolvimento com o esporte, o início de minha vida universitária e profissional se deu pelo curso de Engenharia, profissão que exerci por 20 anos. Ainda assim, durante todo o período da faculdade estive ativamente envolvido no esporte universitário como atleta e como dirigente da Federação Universitária Paulista de Esportes (FUPE). Em 2007, no entanto, decidi dar vazão a essa vocação e iniciei o curso de Educação Física.
E esse caminho – da educação física ao desenvolvimento infantil– tem me levado a experiências e descobertas incríveis sobre o poder do movimento na aprendizagem das crianças e jovens e o quanto isso pode contribuir no desenvolvimento daquelas diagnosticadas com TEA.
Matéria publicada no site Segs.
O SEDENTARISMO COMEÇA NA ESCOLA
Se as crianças entendessem o funcionamento do corpo e a necessidade dele desde pequenas, elas cresceriam com a ideia de que o corpo todos os dias vai precisar fazer algum movimento mais intenso. Com essas informações, elas possivelmente saberiam que se não fizerem movimentos por um determinado tempo, com intensidade e objetivo específicos, terão corpos mais fracos, com maior tendência de adoecer e com mais rapidez e facilidade para o envelhecimento.
O sedentarismo é um fator de risco muito sério na vida de todas as pessoas. O corpo humano não foi feito para ficar sem movimento. Essa é uma tese reforçada por uma série de estudos e experiências realizadas por diversas universidades e profissionais pelo mundo todo. O mais recente levantamento que foi publicado pelo Ministério do Esporte indicou que 45,9% dos brasileiros são sedentários.
A pesquisa ‘Diagnóstico Nacional do Esporte’ também trouxe números alarmantes: segundo seus dados, o problema é mais comum entre as mulheres, grupo no qual o índice chega a 50,4%, enquanto entre os homens o percentual cai para 41,2%.
Ainda segundo a pesquisa, 25,6% dos entrevistados praticam atividades esportivas e 28,5%, atividades físicas, como caminhada. Entre os homens, a prática de atividades esportivas supera a de atividades físicas, com 35,9% contra 22,9%. Já as mulheres praticam mais atividades (34%) do que as com características de esportes (15,6%). E a grande responsável pelo fato de as pessoas não fazerem atividade física e não entenderem que existe essa necessidade é a falta de informação.
O corpo da gente tem uma compleição e um tamanho que são compatíveis com um esforço muito maior do que o que fazemos hoje em dia. Sem esse esforço, há um acúmulo de energia com excesso de alimentação e um desgaste das estruturas ósseas e musculares porque elas não são exigidas na medida que elas precisariam para funcionarem de maneira saudável.
São uma série de fatores que vão fazer com que o corpo tenha menos esforço do que ele precisa para se manter. E a tendência é que ele se enfraqueça em todos os sentidos, tanto nas partes musculares e ósseas quanto no funcionamento de órgãos como o coração e as artérias. Por exemplo, o excesso de alimentação, sem um gasto de energia compatível, gera um acúmulo de gordura que pode acarretar uma possível tendência a problemas cardiovasculares. Isso porque essa gordura fica circulando, em algum momento ela gruda nas paredes dos vasos e pode entupir algum deles e provocar seu rompimento ou fazer com que uma parte do corpo não receba mais sangue por esse entupimento.
O sedentarismo é o grande mal, muito mais do que a alimentação, mas os dois estão associados. Sem movimento e sem exercício, o corpo tende a atrofiar, ficar doente, inflamar e ter dores, ou seja, somente pontos negativos.
O acesso a esse tipo de informação deveria vir na educação física escolar. Infelizmente, temos aí um obstáculo cultural, onde não se dá importância para a educação física na base escolar, e muito pior que isso, as aulas de educação física são vistas como momentos de recreação ou lazer dentro da escola, e não como um momento de aprendizado de conceitos sobre o movimento, o corpo e a saúde relacionada a isso.
Existe a ideia de que essa é a hora de a criança sair da sala de aula e só se movimentar, muitas vezes em esportes e modalidades das quais muitos não gostam, sem entender a relevância que esses movimentos têm para sua vida.
Ainda existem profissionais que acreditam que estão ensinando alguma modalidade dentro da aula de educação física, mas a grande verdade é que quando se entende um pouco sobre processos de aprendizagem, desenvolvimento e controle motor, fica claro que em uma aula de 40 ou 45 minutos, uma ou duas vezes por semana, com 40 crianças juntas e um único professor, fica praticamente impossível ensinar alguma habilidade, ainda mais relacionadas aos jogos esportivos, que envolvem interação espaço-temporal e uma série de variáveis que fogem totalmente do controle.
Não há nenhum problema de a criança se movimentar na hora da educação física escolar. Porém, ela primeiro deve entender como o seu corpo funciona, qual é a necessidade de se movimentar, como que se regula uma intensidade para o movimento, porque um esforço físico de média intensidade pode ter uma duração longa e um esforço de alta intensidade pode ter uma duração curta, como que ela pode aprender ou desenvolver suas habilidades ou as habilidades que mais gosta de maneira eficiente, para que possa jogar melhor com seus amigos nos momentos de lazer, etc.
Se as crianças entendessem isso desde pequenas, elas cresceriam com a ideia de que o corpo todos os dias vai precisar fazer algum movimento mais intenso. Com essas informações, elas possivelmente saberiam que se não fizerem movimentos por um determinado tempo, com intensidade e objetivo específicos, terão corpos mais fracos, com maior tendência de adoecer e com mais rapidez e facilidade para o envelhecimento.
Agora, que temos uma grande quantidade de adultos que já cresceram e passaram pela escola sem essa informação, é responsabilidade dos profissionais de educação física transformarem essas importantes informações em uma linguagem acessível, que façam as pessoas mudarem seus comportamentos e mostre o que realmente é importante em relação a prática de exercícios.
Não adianta falar para as pessoas que exercício faz bem, isso todo mundo sabe. É dizer como ele faz bem, porque ele faz bem e o que acontece de verdade dentro do corpo, de uma maneira que a pessoa entenda, ao mesmo tempo em que também compreenda o que acontece quando ela não faz movimento, não se esforça e fica sedentária.
Não é apenas falar que faz mal, que a pessoa vai ficar doente e ter problema no coração, isso também todo mundo sabe. Ela tem que compreender porque vai ficar mal, porque vai ter problemas no coração, porque precisa fazer um esforço e qual é a intensidade do esforço que precisa fazer, como controlar isso e quais são as estruturas do corpo que vão mudar se fizer ou não fizer exercícios.
A questão é que o corpo precisa de uma quantidade de movimentos todos os dias. E se não fizer, ele envelhece mais rápido. É fato que as pessoas que conseguem somar cerca de 15 a 30 minutos (dependendo das intensidades) de atividade física diária, seja no trabalho, em casa ou na academia, conquistam um corpo mais saudável e chegam a prolongar a vida por mais três ou quatro anos.
A atividade física só nos traz reflexos positivos. Qualquer tipo de atividade que englobe um esforço físico maior terá como resultado uma musculatura mais forte, uma melhor circulação do sangue e um maior consumo de energia. O que resulta em uma série de benefícios para a saúde ao longo da vida. O ideal é começar já, seja lá qual for a sua atividade preferida – caminhada, corrida, natação, futebol, tênis, vôlei, musculação, etc. – e dar um fim ao sedentarismo.
(*) Cristiano Parente é o atual melhor personal trainer do mundo, eleito em concurso internacional promovido pela Life Fitness. É também professor de educação física, com tem três graduações pela Universidade de São Paulo (USP) e quatro pós-graduações, palestrante e sócio-diretor da Koatch Academia (SP)
Matéria publicada no site Portal Novidade
O sedentarismo é um fator de risco muito sério na vida de todas as pessoas. O corpo humano não foi feito para ficar sem movimento. Essa é uma tese reforçada por uma série de estudos e experiências realizadas por diversas universidades e profissionais pelo mundo todo. O mais recente levantamento que foi publicado pelo Ministério do Esporte indicou que 45,9% dos brasileiros são sedentários.
A pesquisa ‘Diagnóstico Nacional do Esporte’ também trouxe números alarmantes: segundo seus dados, o problema é mais comum entre as mulheres, grupo no qual o índice chega a 50,4%, enquanto entre os homens o percentual cai para 41,2%.
Ainda segundo a pesquisa, 25,6% dos entrevistados praticam atividades esportivas e 28,5%, atividades físicas, como caminhada. Entre os homens, a prática de atividades esportivas supera a de atividades físicas, com 35,9% contra 22,9%. Já as mulheres praticam mais atividades (34%) do que as com características de esportes (15,6%). E a grande responsável pelo fato de as pessoas não fazerem atividade física e não entenderem que existe essa necessidade é a falta de informação.
O corpo da gente tem uma compleição e um tamanho que são compatíveis com um esforço muito maior do que o que fazemos hoje em dia. Sem esse esforço, há um acúmulo de energia com excesso de alimentação e um desgaste das estruturas ósseas e musculares porque elas não são exigidas na medida que elas precisariam para funcionarem de maneira saudável.
São uma série de fatores que vão fazer com que o corpo tenha menos esforço do que ele precisa para se manter. E a tendência é que ele se enfraqueça em todos os sentidos, tanto nas partes musculares e ósseas quanto no funcionamento de órgãos como o coração e as artérias. Por exemplo, o excesso de alimentação, sem um gasto de energia compatível, gera um acúmulo de gordura que pode acarretar uma possível tendência a problemas cardiovasculares. Isso porque essa gordura fica circulando, em algum momento ela gruda nas paredes dos vasos e pode entupir algum deles e provocar seu rompimento ou fazer com que uma parte do corpo não receba mais sangue por esse entupimento.
O sedentarismo é o grande mal, muito mais do que a alimentação, mas os dois estão associados. Sem movimento e sem exercício, o corpo tende a atrofiar, ficar doente, inflamar e ter dores, ou seja, somente pontos negativos.
O acesso a esse tipo de informação deveria vir na educação física escolar. Infelizmente, temos aí um obstáculo cultural, onde não se dá importância para a educação física na base escolar, e muito pior que isso, as aulas de educação física são vistas como momentos de recreação ou lazer dentro da escola, e não como um momento de aprendizado de conceitos sobre o movimento, o corpo e a saúde relacionada a isso.
Existe a ideia de que essa é a hora de a criança sair da sala de aula e só se movimentar, muitas vezes em esportes e modalidades das quais muitos não gostam, sem entender a relevância que esses movimentos têm para sua vida.
Ainda existem profissionais que acreditam que estão ensinando alguma modalidade dentro da aula de educação física, mas a grande verdade é que quando se entende um pouco sobre processos de aprendizagem, desenvolvimento e controle motor, fica claro que em uma aula de 40 ou 45 minutos, uma ou duas vezes por semana, com 40 crianças juntas e um único professor, fica praticamente impossível ensinar alguma habilidade, ainda mais relacionadas aos jogos esportivos, que envolvem interação espaço-temporal e uma série de variáveis que fogem totalmente do controle.
Não há nenhum problema de a criança se movimentar na hora da educação física escolar. Porém, ela primeiro deve entender como o seu corpo funciona, qual é a necessidade de se movimentar, como que se regula uma intensidade para o movimento, porque um esforço físico de média intensidade pode ter uma duração longa e um esforço de alta intensidade pode ter uma duração curta, como que ela pode aprender ou desenvolver suas habilidades ou as habilidades que mais gosta de maneira eficiente, para que possa jogar melhor com seus amigos nos momentos de lazer, etc.
Se as crianças entendessem isso desde pequenas, elas cresceriam com a ideia de que o corpo todos os dias vai precisar fazer algum movimento mais intenso. Com essas informações, elas possivelmente saberiam que se não fizerem movimentos por um determinado tempo, com intensidade e objetivo específicos, terão corpos mais fracos, com maior tendência de adoecer e com mais rapidez e facilidade para o envelhecimento.
Agora, que temos uma grande quantidade de adultos que já cresceram e passaram pela escola sem essa informação, é responsabilidade dos profissionais de educação física transformarem essas importantes informações em uma linguagem acessível, que façam as pessoas mudarem seus comportamentos e mostre o que realmente é importante em relação a prática de exercícios.
Não adianta falar para as pessoas que exercício faz bem, isso todo mundo sabe. É dizer como ele faz bem, porque ele faz bem e o que acontece de verdade dentro do corpo, de uma maneira que a pessoa entenda, ao mesmo tempo em que também compreenda o que acontece quando ela não faz movimento, não se esforça e fica sedentária.
Não é apenas falar que faz mal, que a pessoa vai ficar doente e ter problema no coração, isso também todo mundo sabe. Ela tem que compreender porque vai ficar mal, porque vai ter problemas no coração, porque precisa fazer um esforço e qual é a intensidade do esforço que precisa fazer, como controlar isso e quais são as estruturas do corpo que vão mudar se fizer ou não fizer exercícios.
A questão é que o corpo precisa de uma quantidade de movimentos todos os dias. E se não fizer, ele envelhece mais rápido. É fato que as pessoas que conseguem somar cerca de 15 a 30 minutos (dependendo das intensidades) de atividade física diária, seja no trabalho, em casa ou na academia, conquistam um corpo mais saudável e chegam a prolongar a vida por mais três ou quatro anos.
A atividade física só nos traz reflexos positivos. Qualquer tipo de atividade que englobe um esforço físico maior terá como resultado uma musculatura mais forte, uma melhor circulação do sangue e um maior consumo de energia. O que resulta em uma série de benefícios para a saúde ao longo da vida. O ideal é começar já, seja lá qual for a sua atividade preferida – caminhada, corrida, natação, futebol, tênis, vôlei, musculação, etc. – e dar um fim ao sedentarismo.
(*) Cristiano Parente é o atual melhor personal trainer do mundo, eleito em concurso internacional promovido pela Life Fitness. É também professor de educação física, com tem três graduações pela Universidade de São Paulo (USP) e quatro pós-graduações, palestrante e sócio-diretor da Koatch Academia (SP)
Matéria publicada no site Portal Novidade
NAVEGUE PELO APP DA CBK E TENHA ACESSO A TODO CONTEÚDO
Navegue pelo app da CBK e tenha acesso a todo conteúdo
App da CBK é um aplicativo que transfere para os dispositivos mobile sua gigantesca grade de programas quase que na íntegra. Por meio do software, o telespectador digital pode ter acesso fácil e rápido a videos, notícias e outras produções feitas pela empresa – incluindo as entrevistas momento, claro.
Através de uma interface descomplicada, a ideia é que o usuário do app possa navegar livremente pelo conteúdo multimídia produzido dentro dos estúdios da CBK PLAY. Assim, você pode decidir quando que assistir .
http://app.vc/cbkplay
utilize este endereço no navegador de seu celular
domingo, 28 de maio de 2017
OS ATLETAS DO C.E.RAKEL RECHUEM MAIS UMA VEZ SOBEM AO PÓDIO
DIONE FERREIRA E LYVIA BRAGA MAIS UMA VEZ SUBIRAM O LUGAR MAIS ALTO DO PÓDIO, SE CLASSIFICANDO PARA CAMPEONATO BRASILEIRO DE KARATÊ 2017-ETAPA ESPÍRITO SANTO
Lyvia Braga
Dione Ferreira (Marinha Brasil)
DGS AVISA QUE SUPLEMENTOS DEVEM SER DESENCORAJADOS EM JOVENS ATLETAS
A DGS avisa que há poucos suplementos com efeitos comprovados e chama a atenção para os “pretensos especialistas” que recomendam a ingestão dos mesmos.
Se você costuma ir à academia ou praticar esportes ao ar livre, ou se é desportista profissional, certamente que consome regularmente ou, pelo menos, já experimentou uma barrinha energética, um shake ou um multivitamínico qualquer. A Direção Geral de Saúde (DGS) avisa que são poucos os suplementos com efeito benéfico comprovado e que estes podem, inclusive, ter consequências negativas em termos de rendimento dos atletas.
Sabemos que a suplementação é uma prática corrente no mundo do desporto. “Porém, e independentemente da definição, são poucos os suplementos que, cientificamente, comprovaram ter um efeito benéfico no rendimento desportivo”, lê-se no manual “Nutrição no Desporto”, lançado esta terça-feira pela DGS, no site Nutrimento.pt.
E não só há poucos com efeitos comprovados como há suplementos adulterados. ”Não é exigido que suplementos passem pelos criteriosos controlos pelos quais passam os medicamentos. Daí existirem relatos de conspurcação de produtos desta natureza com, por exemplo, com vidros e fezes, e também casos em que o conteúdo do suplemento não corresponde ao descrito no rótulo”. Além disso, “os suplementos poderão ter consequências negativas no rendimento”, pois a “reação às diversas substâncias é diferente de atleta para atleta e muitos suplementos contêm complexas misturas de várias substâncias cujo efeito de interação é inteiramente desconhecido.”
Estas reações adversas são potenciadas pelo fato de os atletas, profissionais ou amadores, “decidirem ingerir determinado suplemento apenas porque alguém o toma, e não porque avaliaram a sua necessidade específica para aquele momento”.
A DGS admite que “em situações de restrição alimentar”, os suplementos “podem ser uma opção provisória”, mas lembra que o Comitê Olímpico Internacional, no seu último consenso sobre Nutrição no Desporto, referiu que “o uso de suplementos não compensa uma pobre escolha alimentar e uma alimentação inadequada”.
O mesmo comitê aconselhou ainda que “o uso destas substâncias seja desencorajado em atletas jovens”. “Os jovens devem, em alternativa, focar-se em consumir uma alimentação nutricionalmente rica e adaptada à sua realidade desportiva de forma a permitir o normal crescimento e adaptação do organismo ao próprio treino.”
Este novo manual publicado pela DGS pretende, sobretudo “atualizar os conhecimentos nesta área e apoiar o aconselhamento alimentar e nutricional a todos os envolvidos na prática e prescrição de exercício físico”. São abordados temas como a relação da alimentação como rendimento e a recuperação do exercício através de estratégias nutricionais bem escolhidas e individualmente planeadas, assim como “intervenções nutricionais em situações específicas para um atleta, como a hipertrofia muscular e a perda de peso”.
A DGS deixa outro alerta: “são muitos os pretensos especialistas que, muitas vezes a coberto de interesses comerciais, aconselham determinados produtos ou estratégias alimentares, sem base científica e com evidentes riscos em longo prazo para a saúde dos cidadãos”.
Matéria publicada no site Observador.
Se você costuma ir à academia ou praticar esportes ao ar livre, ou se é desportista profissional, certamente que consome regularmente ou, pelo menos, já experimentou uma barrinha energética, um shake ou um multivitamínico qualquer. A Direção Geral de Saúde (DGS) avisa que são poucos os suplementos com efeito benéfico comprovado e que estes podem, inclusive, ter consequências negativas em termos de rendimento dos atletas.
Sabemos que a suplementação é uma prática corrente no mundo do desporto. “Porém, e independentemente da definição, são poucos os suplementos que, cientificamente, comprovaram ter um efeito benéfico no rendimento desportivo”, lê-se no manual “Nutrição no Desporto”, lançado esta terça-feira pela DGS, no site Nutrimento.pt.
E não só há poucos com efeitos comprovados como há suplementos adulterados. ”Não é exigido que suplementos passem pelos criteriosos controlos pelos quais passam os medicamentos. Daí existirem relatos de conspurcação de produtos desta natureza com, por exemplo, com vidros e fezes, e também casos em que o conteúdo do suplemento não corresponde ao descrito no rótulo”. Além disso, “os suplementos poderão ter consequências negativas no rendimento”, pois a “reação às diversas substâncias é diferente de atleta para atleta e muitos suplementos contêm complexas misturas de várias substâncias cujo efeito de interação é inteiramente desconhecido.”
Estas reações adversas são potenciadas pelo fato de os atletas, profissionais ou amadores, “decidirem ingerir determinado suplemento apenas porque alguém o toma, e não porque avaliaram a sua necessidade específica para aquele momento”.
A DGS admite que “em situações de restrição alimentar”, os suplementos “podem ser uma opção provisória”, mas lembra que o Comitê Olímpico Internacional, no seu último consenso sobre Nutrição no Desporto, referiu que “o uso de suplementos não compensa uma pobre escolha alimentar e uma alimentação inadequada”.
O mesmo comitê aconselhou ainda que “o uso destas substâncias seja desencorajado em atletas jovens”. “Os jovens devem, em alternativa, focar-se em consumir uma alimentação nutricionalmente rica e adaptada à sua realidade desportiva de forma a permitir o normal crescimento e adaptação do organismo ao próprio treino.”
Atenção aos “especialistas”
Este novo manual publicado pela DGS pretende, sobretudo “atualizar os conhecimentos nesta área e apoiar o aconselhamento alimentar e nutricional a todos os envolvidos na prática e prescrição de exercício físico”. São abordados temas como a relação da alimentação como rendimento e a recuperação do exercício através de estratégias nutricionais bem escolhidas e individualmente planeadas, assim como “intervenções nutricionais em situações específicas para um atleta, como a hipertrofia muscular e a perda de peso”.
A DGS deixa outro alerta: “são muitos os pretensos especialistas que, muitas vezes a coberto de interesses comerciais, aconselham determinados produtos ou estratégias alimentares, sem base científica e com evidentes riscos em longo prazo para a saúde dos cidadãos”.
Matéria publicada no site Observador.
IMPORTÂNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE BCAA’S PARA ATLETAS DE MMA
Os atletas de alto rendimento realizam sessões desgastantes de treinamento, necessitando de uma recuperação mais rápida e ainda reforçar suas defesas imunológicas.
Os atletas de alto rendimento realizam sessões desgastantes de treinamento, necessitando de uma recuperação mais rápida e ainda reforçar suas defesas imunológicas.
Aminoácidos são unidades básicas da composição das proteínas. Em humanos saudáveis, nove aminoácidos são considerados essenciais uma vez que não são produzidos pelo organismo humano e, portanto, devem ser ingeridos por meio da dieta. Dentre os aminoácidos essenciais, três merecem destaque, sendo eles chamados de Aminoácidos de Cadeia Ramificada (leucina, valina e isoleucina), os famosos Branched-Chain Amino Acid (BCAA).
Apesar de controverso, alguns autores citam que os BCAA’s são fundamentais na dieta devido a sua regulação na síntese protéica muscular, por meio da ativação da proteína mTOR (especialmente a leucina) e também na diminuição do catabolismo muscular, favorecendo assim um ambiente anabólico e a hipertrofia muscular. Na realidade, essas características tem menor importância para um atleta profissional de MMA, já que, de maneira geral, seu objetivo é melhora na performance, e não hipertrofia.
Entretanto, os BCAA´s podem ser uma ferramenta importante para melhorar a performance dos atletas de MMA. Exercícios exaustivos, como treinos de MMA, podem acarretar na diminuição dos níveis de glicogênio muscular e hepático, diminuindo, assim, os níveis de glicose, afetando o sistema nervoso central (SNC) e periférico, e causando fadiga muscular. Com a diminuição dos estoques de glicogênio, o organismo começa a utilizar outros substratos como fontes energéticas, como os BCAA’s. Na realidade, a diminuição dos estoques de glicogênio pode ser retardada com uma simples ingestão de carboidratos, porém, atualmente, é comum a diminuição da ingestão de carboidratos na dieta de lutadores de MMA, especialmente na fase de perda de peso (esse é um assunto para um próximo artigo). Neste caso, caso haja uma diminuição da ingestão de carboidratos antes/durante o treino, BCAA´s tornam-se essenciais para a produção de energia.
Um segundo ponto interessante sobre os BCAA´s é a Teoria da Competição Triptofano/BCAA. Segundo essa teoria, os BCAA´s utilizam a mesma via de ligação que o triptofano livre para penetrar na barreira hemato-encefálica, ou seja, eles competem entre si. Assim, a entrada de triptofano no SNC é controlada pela razão plasmática triptofano livre: BCAA’s. Assim, quando aumenta a oxidação dos BCAA’s decorrente do exercício intenso, os níveis de BCAA’s diminuem e aumenta a disponibilidade de triprofano, que consequentemente aumenta a síntese do neurotransmissor serotonina no SNC. Esse aumento da serotonina durante o exercício físico tem sido correlacionado com o acometimento da fadiga central, atuando também no humor, regulação do sono, distúrbios de apetite e até alterações na percepção subjetiva de esforço (sintomas de overtraining).
Os atletas de alto rendimento realizam sessões desgastantes de treinamento, necessitando de uma recuperação mais rápida e ainda reforçar suas defesas imunológicas. Estudos também evidenciam que os BCAA´s aceleram a recuperação pós-treino, permitindo assim que o atleta tenha condições de realizar um treinamento de alta intensidade na sua próxima sessão de treino, como demonstrado por Howatson e colaboradores (2012). Nesse excelente estudo publicado no Journal of the International Society of Sports Nutrition, os resultados demonstram que a suplementação com BCAA´s amenizou a diminuição da força máxima após o esforço, assim como amenizou o processo de dor muscular e o aumento da enzima Creatina Quinase (enzima sinalizadora de microlesões musculares). Isso demonstra a forte relação dos BCAA´s com a recuperação muscular. Por fim, estudos recentes apontam que os BCAA´s também melhoram a funcionalidade do sistema imunológico, função essa vital para praticantes de exercícios intensos como os treinamentos de MMA, já que é comum que esses atletas sofram uma imunossupressão (perda da funcionalidade do sistema imunológico).
Modo de usar
De maneira geral, para a obtenção de resultados eficazes, estudos indicam a ingestão de 5 a 10g de BCAA´s antes, durante ou após as sessões de treinos. Se forem administrados em forma de cápsula, podem ser ingeridos antes e após o treino (para que não seja necessário ingerir uma quantidade grande de cápsulas de uma só vez). Se for em pó, uma estratégia eficaz pode ser usá-lo antes ou durante o treino. Lembrando, ainda, que a absorção dos BCAA´s em pó é relativamente melhor do que os BCAA´s em cápsula, sendo importante também verificar a quantidade de BCAA por dose no produto.
Matéria publicada no site MMA Space.
Os atletas de alto rendimento realizam sessões desgastantes de treinamento, necessitando de uma recuperação mais rápida e ainda reforçar suas defesas imunológicas.
Aminoácidos são unidades básicas da composição das proteínas. Em humanos saudáveis, nove aminoácidos são considerados essenciais uma vez que não são produzidos pelo organismo humano e, portanto, devem ser ingeridos por meio da dieta. Dentre os aminoácidos essenciais, três merecem destaque, sendo eles chamados de Aminoácidos de Cadeia Ramificada (leucina, valina e isoleucina), os famosos Branched-Chain Amino Acid (BCAA).
Apesar de controverso, alguns autores citam que os BCAA’s são fundamentais na dieta devido a sua regulação na síntese protéica muscular, por meio da ativação da proteína mTOR (especialmente a leucina) e também na diminuição do catabolismo muscular, favorecendo assim um ambiente anabólico e a hipertrofia muscular. Na realidade, essas características tem menor importância para um atleta profissional de MMA, já que, de maneira geral, seu objetivo é melhora na performance, e não hipertrofia.
Entretanto, os BCAA´s podem ser uma ferramenta importante para melhorar a performance dos atletas de MMA. Exercícios exaustivos, como treinos de MMA, podem acarretar na diminuição dos níveis de glicogênio muscular e hepático, diminuindo, assim, os níveis de glicose, afetando o sistema nervoso central (SNC) e periférico, e causando fadiga muscular. Com a diminuição dos estoques de glicogênio, o organismo começa a utilizar outros substratos como fontes energéticas, como os BCAA’s. Na realidade, a diminuição dos estoques de glicogênio pode ser retardada com uma simples ingestão de carboidratos, porém, atualmente, é comum a diminuição da ingestão de carboidratos na dieta de lutadores de MMA, especialmente na fase de perda de peso (esse é um assunto para um próximo artigo). Neste caso, caso haja uma diminuição da ingestão de carboidratos antes/durante o treino, BCAA´s tornam-se essenciais para a produção de energia.
Um segundo ponto interessante sobre os BCAA´s é a Teoria da Competição Triptofano/BCAA. Segundo essa teoria, os BCAA´s utilizam a mesma via de ligação que o triptofano livre para penetrar na barreira hemato-encefálica, ou seja, eles competem entre si. Assim, a entrada de triptofano no SNC é controlada pela razão plasmática triptofano livre: BCAA’s. Assim, quando aumenta a oxidação dos BCAA’s decorrente do exercício intenso, os níveis de BCAA’s diminuem e aumenta a disponibilidade de triprofano, que consequentemente aumenta a síntese do neurotransmissor serotonina no SNC. Esse aumento da serotonina durante o exercício físico tem sido correlacionado com o acometimento da fadiga central, atuando também no humor, regulação do sono, distúrbios de apetite e até alterações na percepção subjetiva de esforço (sintomas de overtraining).
Os atletas de alto rendimento realizam sessões desgastantes de treinamento, necessitando de uma recuperação mais rápida e ainda reforçar suas defesas imunológicas. Estudos também evidenciam que os BCAA´s aceleram a recuperação pós-treino, permitindo assim que o atleta tenha condições de realizar um treinamento de alta intensidade na sua próxima sessão de treino, como demonstrado por Howatson e colaboradores (2012). Nesse excelente estudo publicado no Journal of the International Society of Sports Nutrition, os resultados demonstram que a suplementação com BCAA´s amenizou a diminuição da força máxima após o esforço, assim como amenizou o processo de dor muscular e o aumento da enzima Creatina Quinase (enzima sinalizadora de microlesões musculares). Isso demonstra a forte relação dos BCAA´s com a recuperação muscular. Por fim, estudos recentes apontam que os BCAA´s também melhoram a funcionalidade do sistema imunológico, função essa vital para praticantes de exercícios intensos como os treinamentos de MMA, já que é comum que esses atletas sofram uma imunossupressão (perda da funcionalidade do sistema imunológico).
Modo de usar
De maneira geral, para a obtenção de resultados eficazes, estudos indicam a ingestão de 5 a 10g de BCAA´s antes, durante ou após as sessões de treinos. Se forem administrados em forma de cápsula, podem ser ingeridos antes e após o treino (para que não seja necessário ingerir uma quantidade grande de cápsulas de uma só vez). Se for em pó, uma estratégia eficaz pode ser usá-lo antes ou durante o treino. Lembrando, ainda, que a absorção dos BCAA´s em pó é relativamente melhor do que os BCAA´s em cápsula, sendo importante também verificar a quantidade de BCAA por dose no produto.
Matéria publicada no site MMA Space.
WHEY PROTEIN PODE SER USADO PARA ELIMINAR EXCESSO DE GORDURA
Embora seja normalmente associado ao ganho de massa muscular, o whey protein também pode ser utilizado para eliminar o excesso de gordura e emagrecer. Fonte de proteínas de alto valor biológico e com praticamente nada de gordura, o suplemento à base de soro de leite pode ser uma ótima opção para turbinar a dieta.
Isso não significa, no entanto, que basta tomar whey todos os dias para ver o ponteiro da balança baixar. Para quem tem esse objetivo, é preciso saber como tomar whey protein para emagrecer sem correr o risco de obter o efeito contrário, que é ganho de peso – situação aliás nada rara entre praticantes de academia.
Extraído do soro do leite, o whey protein é um dos suplementos mais utilizados em todo o mundo porque fornece uma alta concentração de proteínas de qualidade e de rápida absorção. Para quem pratica atividade física, isso significa mais aminoácidos e em menor tempo chegando aos músculos para começar o processo de reconstrução muscular.
A ausência de gorduras garante uma digestão eficiente e sem desconforto gastrointestinal, que pode por exemplo ocorrer com a outra proteína do leite, que é a caseína, ou então com a albumina, proteína encontrada abundantemente na clara do ovo.
Outra vantagem do whey é que ele é rico em BCAA’s, aminoácidos de cadeia ramificada que melhoram o desempenho durante os exercícios de resistência e aceleram a recuperação no pós-treino.
Conheça sete motivos para você incluir o whey na sua dieta:
Que as proteínas ajudam a diminuir o apetite você já deve saber, mas estudos indicam que o whey pode ser ainda melhor que as outras fontes proteicas para prolongar a saciedade. As proteínas do leite contêm glicomacropeptídeos, um tipo de peptídeo que estimula a liberação da colecistoquinina, hormônio que é secretado após a refeição e que sinaliza saciedade.
E além disso, é claro, está o fato das proteínas possuírem digestão mais lenta que os carboidratos, o que retarda o esvaziamento gástrico e garante mais saciedade durante um período maior. E como não causa picos de insulina como os carboidratos refinados, o consumo de whey protein garante que você não sinta fome logo após ter acabado de se alimentar.
Ao se exercitar, você causa pequeninas lesões nas fibras musculares, que precisam ser reparadas e reconstruídas para que você consiga manter ou formar mais massa magra. Esse reparo depende da presença de aminoácidos, que são os pequenos “blocos” formadores das proteínas.
O whey protein é fonte de glutamina e BCAAs, que alimentam os músculos durante os exercícios e garantem um meio propício para a síntese proteica que irá proporcionar hipertrofia muscular.
Diversas pesquisas têm demonstrado que o whey protein favorece a diminuição das reservas de gordura corporal através de mecanismos associados ao metabolismo do cálcio, que tem efeito termogênico e acelera a queima de gorduras.
O whey protein também é fonte de BCAAs, aminoácidos de cadeia ramificada que afetam os processos metabólicos da regulação energética e favorecem a redução da gordura corporal.
Em um estudo realizado pela Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, participantes que consumiram o equivalente a 300 calorias de whey por dia (cerca de 40 g de proteínas) apresentaram uma perda de tecido adiposo muito maior (-9,3% contra -4,6%) do que os participantes que não consumiram o suplemento. Portanto, é realmente importante você aprender como tomar whey protein para emagrecer.
Pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, demostraram que o consumo de uma dieta rica em proteínas pode aumentar a sensibilidade à insulina e reduzir em até 40% a concentração do hormônio na circulação.
A insulina é o hormônio que controla a entrada de glicose nas células, e sua liberação está diretamente associada ao consumo de carboidratos. Quanto maior o índice glicêmico do alimento, mais rápida será sua absorção, e portanto maior será a quantidade de insulina liberada pelo pâncreas. Níveis elevados de insulina podem causar hipoglicemia e eventualmente levar ao surgimento do diabetes tipo 2.
As proteínas possuem um índice glicêmico muito menor que aquele dos carboidratos refinados, o que na prática se traduz em uma menor variação da glicose após seu consumo. E quanto menor essa variação, mais fácil será o controle do apetite (já que o cérebro envia um sinal de fome quando a glicemia está baixa) e menor será o acúmulo de gordura, outro efeito indesejado que pode ser causado pela ação da insulina.
Apenas uma porção de whey já garante uma boa concentração de leucina, aminoácido essencial na síntese de proteínas, processo que por si só já queima muitas calorias. A leucina também estimula a oxidação dos ácidos graxos, ou seja, favorece a utilização das reservas de gordura como fonte de energia para as células.
Quem faz dieta perde não só gordura e líquidos como também muita massa muscular. E, como acabamos de ver, isso é a última coisa que você quer que aconteça, já que pouca massa magra significa metabolismo mais lento e maior flacidez.
Consumir whey protein durante a dieta garante que seus músculos recebam os aminoácidos necessários para a síntese de proteínas, evitando assim que o corpo utilize suas próprias reservas como fonte destes nutrientes.
O Whey protein contém triptofano, aminoácido que é precursor da serotonina. Produzida pelo cérebro, a serotonina é um neurotransmissor que está associado ao bem estar e que bloqueia parcialmente a ação do cortisol.
Em excesso, esse hormônio aumenta o catabolismo muscular, além de estar ligado a quadros de grande ansiedade e estresse. Ou seja, duas condições inimigas de quem precisa perder peso.
Como o organismo geralmente recorre ao nosso consumo de carboidratos refinados para a obtenção de triptofano, consumir whey durante a dieta pode ajudá-lo a controlar a vontade de comer doces e outros alimentos calóricos e pouco nutritivos.
Agora que você já sabe para que serve o Whey protein, veja dicas de como tomar o suplemento corretamente para auxiliar no seu processo de emagrecimento:
Já dissemos lá no início do artigo que só tomar whey protein sem modificar os hábitos e sem controlar a alimentação não irá fazer efeito. Para conseguir de fato perder peso com o suplemento, você deverá manter uma dieta hipocalórica – ou seja, consumir menos calorias do que seu metabolismo necessita -, além de também fazer substituições.
Ao invés de consumir um sanduíche de pão integral no lanche da tarde, experimente por exemplo substituí-lo por um shake com banana, whey e água ou leite desnatado. Ou então substitua parte do café da manhã pelo shake de whey.
Músculos gastam calorias só por existirem, portanto quanto maior seu percentual de massa magra, maior será também seu metabolismo basal. O whey fornece os nutrientes necessários para a síntese de novas proteínas indispensáveis para a hipertrofia muscular, mas esse processo só terá efeito se você estimular os músculos através de exercícios de resistência, como a musculação.
E para acelerar ainda mais a queima de gorduras, combine os treinos com pesos com sessões de cardio. Quem está de olho na balança deve se exercitar pelo menos de 3 a 4 vezes por semana, com sessões de pelo menos 30-40 minutos ao dia.
O leite desnatado é uma boa opção para tornar o whey mais “palatável”, mas para reduzir o teor calórico uma dica é combinar o suplemento com água ou suco de fruta. O leite contém proteínas que já estão presentes em concentração muito maior no whey. Além disso, o leite ainda contém gorduras, que podem acrescentar calorias e também causar desconforto intestinal.
Ainda que você esteja fazendo a dieta das proteínas para emagrecer, o whey será mais eficaz se você combiná-lo com uma fonte de carboidratos. Isso porque a absorção dos nutrientes presentes no whey é mais eficiente na presença de insulina.
E nós já vimos que os alimentos que causam uma maior liberação de insulina são exatamente os carboidratos de rápida absorção, como aqueles presentes nas frutas.
O whey ajuda a acelerar o metabolismo, mas que tal potencializar sua ação termogênica? Isso pode ser feito através da combinação do suplemento com alimentos termogênicos naturais, como o gengibre, a canela e o chá verde.
Faça um shake de whey e acrescente uma colher de chá de gengibre ou canela, ou então substitua parte da água por chá verde sem açúcar.
Praticamente sem gordura e sem lactose, o whey isolado contém mais de 90% de proteína por grama de suplemento. Por esse motivo, é o whey mais recomendado para emagrecer, já que tem alta concentração de proteínas e virtualmente quase nada de gordura e carboidratos.
Após oito horas em jejum, nosso corpo está com a glicose lá embaixo, e o processo catabólico já está em andamento há muito tempo. Para restabelecer os níveis de açúcar do sangue e acelerar o metabolismo, faça um shake com 1 dose de whey, 200 ml de leite de soja desnatado ou água e raspas de gengibre.
Consuma a bebida com 1 fatia de pão integral light e 1 fatia de queijo branco também light. Complete a primeira refeição do dia com ½ mamão papaia.
O whey pode ser uma maneira prática e sem gordura de acrescentar mais proteínas à sua dieta. Além de fazer vitaminas, bolos, panquecas, muffins e tapiocas light com whey, experimente misturar o suplemento com um pouco iogurte desnatado quando surgir aquela vontade de comer algo doce no meio da manhã ou da tarde.
Além do suplemento, é importante que você tenha em sua alimentação outras proteínas de fontes naturais, como o peixe, frango e carne vermelha magra. O próprio ato de mastigar a refeição (ao invés de beber) ajuda no processo de saciedade, uma vez que o mecanismo de saciedade terá mais tempo para entrar em ação.
E além disso, a digestão destes alimentos é mais lenta, o que retarda o esvaziamento do estômago e prolonga a saciedade – ainda mais no caso do whey, que possui absorção mais rápida quando comparado com as proteínas “naturais”.
Um erro comum entre quem faz dieta é cortar as gorduras do cardápio. Embora você deva de fato limitar o consumo de gorduras saturadas de origem animal – carnes e laticínios gordurosos, por exemplo – seu corpo necessita do nutriente para ativar seu metabolismo.
Isso significa que cortar os ácidos graxos da dieta pode diminuir a utilização de gordura como fonte de combustível; ou seja, consuma gorduras boas para diminuir suas taxas de gordura corporal e perder peso. Gordura ajuda a queimar gordura.
Apenas lembre-se de consumir as gorduras que não causam inflamações: inclua sardinha, atum, azeite e abacate (um pequeno pedaço duas vezes por semana não irá atrapalhar a dieta) na sua alimentação para a perda de peso. E também controle a quantidade: no máximo 20% das suas calorias diárias devem ser provenientes de gordura.
Agora que já vimos como tomar whey protein para emagrecer, vamos ver o outro lado da moeda. O whey protein contém cerca de 300 calorias por porção, o que pode ser equivalente a uma pequena refeição. Se você não somar essas calorias ao seu total diário ou então não se exercitar, você pode sim ganhar peso com whey.
Anote tudo o que você consome durante o dia e tente manter suas calorias abaixo do que você gasta durante 24h (entre o metabolismo e a atividade física combinados). Lembre-se de que o whey não é uma pílula milagrosa, e não deve ser visto como a única maneira para perder peso.
Como o excesso de proteínas pode causar sobrecarga renal, converse com um nutricionista para aprender completamente como tomar whey protein para emagrecer.
Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite
Matéria publicada no site R7
Isso não significa, no entanto, que basta tomar whey todos os dias para ver o ponteiro da balança baixar. Para quem tem esse objetivo, é preciso saber como tomar whey protein para emagrecer sem correr o risco de obter o efeito contrário, que é ganho de peso – situação aliás nada rara entre praticantes de academia.
Um pouco mais sobre o Whey Protein
Extraído do soro do leite, o whey protein é um dos suplementos mais utilizados em todo o mundo porque fornece uma alta concentração de proteínas de qualidade e de rápida absorção. Para quem pratica atividade física, isso significa mais aminoácidos e em menor tempo chegando aos músculos para começar o processo de reconstrução muscular.
A ausência de gorduras garante uma digestão eficiente e sem desconforto gastrointestinal, que pode por exemplo ocorrer com a outra proteína do leite, que é a caseína, ou então com a albumina, proteína encontrada abundantemente na clara do ovo.
Outra vantagem do whey é que ele é rico em BCAA’s, aminoácidos de cadeia ramificada que melhoram o desempenho durante os exercícios de resistência e aceleram a recuperação no pós-treino.
Benefícios do Whey para a perda de peso
Conheça sete motivos para você incluir o whey na sua dieta:
1. Controla o Apetite
Que as proteínas ajudam a diminuir o apetite você já deve saber, mas estudos indicam que o whey pode ser ainda melhor que as outras fontes proteicas para prolongar a saciedade. As proteínas do leite contêm glicomacropeptídeos, um tipo de peptídeo que estimula a liberação da colecistoquinina, hormônio que é secretado após a refeição e que sinaliza saciedade.
E além disso, é claro, está o fato das proteínas possuírem digestão mais lenta que os carboidratos, o que retarda o esvaziamento gástrico e garante mais saciedade durante um período maior. E como não causa picos de insulina como os carboidratos refinados, o consumo de whey protein garante que você não sinta fome logo após ter acabado de se alimentar.
2. É essencial para a formação de massa magra
Ao se exercitar, você causa pequeninas lesões nas fibras musculares, que precisam ser reparadas e reconstruídas para que você consiga manter ou formar mais massa magra. Esse reparo depende da presença de aminoácidos, que são os pequenos “blocos” formadores das proteínas.
O whey protein é fonte de glutamina e BCAAs, que alimentam os músculos durante os exercícios e garantem um meio propício para a síntese proteica que irá proporcionar hipertrofia muscular.
3. Reduz a gordura corporal
O whey protein também é fonte de BCAAs, aminoácidos de cadeia ramificada que afetam os processos metabólicos da regulação energética e favorecem a redução da gordura corporal.
Em um estudo realizado pela Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, participantes que consumiram o equivalente a 300 calorias de whey por dia (cerca de 40 g de proteínas) apresentaram uma perda de tecido adiposo muito maior (-9,3% contra -4,6%) do que os participantes que não consumiram o suplemento. Portanto, é realmente importante você aprender como tomar whey protein para emagrecer.
4. Tem baixo impacto na glicemia
A insulina é o hormônio que controla a entrada de glicose nas células, e sua liberação está diretamente associada ao consumo de carboidratos. Quanto maior o índice glicêmico do alimento, mais rápida será sua absorção, e portanto maior será a quantidade de insulina liberada pelo pâncreas. Níveis elevados de insulina podem causar hipoglicemia e eventualmente levar ao surgimento do diabetes tipo 2.
As proteínas possuem um índice glicêmico muito menor que aquele dos carboidratos refinados, o que na prática se traduz em uma menor variação da glicose após seu consumo. E quanto menor essa variação, mais fácil será o controle do apetite (já que o cérebro envia um sinal de fome quando a glicemia está baixa) e menor será o acúmulo de gordura, outro efeito indesejado que pode ser causado pela ação da insulina.
5. Whey é rico em Leucina
6. Previne o Catabolismo
Consumir whey protein durante a dieta garante que seus músculos recebam os aminoácidos necessários para a síntese de proteínas, evitando assim que o corpo utilize suas próprias reservas como fonte destes nutrientes.
7. Estimula a produção de serotonina
Em excesso, esse hormônio aumenta o catabolismo muscular, além de estar ligado a quadros de grande ansiedade e estresse. Ou seja, duas condições inimigas de quem precisa perder peso.
Como o organismo geralmente recorre ao nosso consumo de carboidratos refinados para a obtenção de triptofano, consumir whey durante a dieta pode ajudá-lo a controlar a vontade de comer doces e outros alimentos calóricos e pouco nutritivos.
Como Tomar Whey Protein Para Emagrecer
Agora que você já sabe para que serve o Whey protein, veja dicas de como tomar o suplemento corretamente para auxiliar no seu processo de emagrecimento:
1. Faça substituições
Ao invés de consumir um sanduíche de pão integral no lanche da tarde, experimente por exemplo substituí-lo por um shake com banana, whey e água ou leite desnatado. Ou então substitua parte do café da manhã pelo shake de whey.
2. Alie o Whey Protein à atividade física
E para acelerar ainda mais a queima de gorduras, combine os treinos com pesos com sessões de cardio. Quem está de olho na balança deve se exercitar pelo menos de 3 a 4 vezes por semana, com sessões de pelo menos 30-40 minutos ao dia.
3. Tome o whey protein com água
O leite desnatado é uma boa opção para tornar o whey mais “palatável”, mas para reduzir o teor calórico uma dica é combinar o suplemento com água ou suco de fruta. O leite contém proteínas que já estão presentes em concentração muito maior no whey. Além disso, o leite ainda contém gorduras, que podem acrescentar calorias e também causar desconforto intestinal.
4. Combine o whey protein com uma fonte de carboidratos
Ainda que você esteja fazendo a dieta das proteínas para emagrecer, o whey será mais eficaz se você combiná-lo com uma fonte de carboidratos. Isso porque a absorção dos nutrientes presentes no whey é mais eficiente na presença de insulina.
E nós já vimos que os alimentos que causam uma maior liberação de insulina são exatamente os carboidratos de rápida absorção, como aqueles presentes nas frutas.
5. Acrescente um termogênico natural
O whey ajuda a acelerar o metabolismo, mas que tal potencializar sua ação termogênica? Isso pode ser feito através da combinação do suplemento com alimentos termogênicos naturais, como o gengibre, a canela e o chá verde.
Faça um shake de whey e acrescente uma colher de chá de gengibre ou canela, ou então substitua parte da água por chá verde sem açúcar.
6. Prefira o Whey Protein Isolado
Praticamente sem gordura e sem lactose, o whey isolado contém mais de 90% de proteína por grama de suplemento. Por esse motivo, é o whey mais recomendado para emagrecer, já que tem alta concentração de proteínas e virtualmente quase nada de gordura e carboidratos.
7. Tome um shake de whey protein ao acordar
Após oito horas em jejum, nosso corpo está com a glicose lá embaixo, e o processo catabólico já está em andamento há muito tempo. Para restabelecer os níveis de açúcar do sangue e acelerar o metabolismo, faça um shake com 1 dose de whey, 200 ml de leite de soja desnatado ou água e raspas de gengibre.
Consuma a bebida com 1 fatia de pão integral light e 1 fatia de queijo branco também light. Complete a primeira refeição do dia com ½ mamão papaia.
8. Utilize whey protein em suas receitas
O whey pode ser uma maneira prática e sem gordura de acrescentar mais proteínas à sua dieta. Além de fazer vitaminas, bolos, panquecas, muffins e tapiocas light com whey, experimente misturar o suplemento com um pouco iogurte desnatado quando surgir aquela vontade de comer algo doce no meio da manhã ou da tarde.
9. Combine o whey protein com outras fontes de proteína
Além do suplemento, é importante que você tenha em sua alimentação outras proteínas de fontes naturais, como o peixe, frango e carne vermelha magra. O próprio ato de mastigar a refeição (ao invés de beber) ajuda no processo de saciedade, uma vez que o mecanismo de saciedade terá mais tempo para entrar em ação.
E além disso, a digestão destes alimentos é mais lenta, o que retarda o esvaziamento do estômago e prolonga a saciedade – ainda mais no caso do whey, que possui absorção mais rápida quando comparado com as proteínas “naturais”.
10. Não corte as gorduras da dieta
Um erro comum entre quem faz dieta é cortar as gorduras do cardápio. Embora você deva de fato limitar o consumo de gorduras saturadas de origem animal – carnes e laticínios gordurosos, por exemplo – seu corpo necessita do nutriente para ativar seu metabolismo.
Isso significa que cortar os ácidos graxos da dieta pode diminuir a utilização de gordura como fonte de combustível; ou seja, consuma gorduras boas para diminuir suas taxas de gordura corporal e perder peso. Gordura ajuda a queimar gordura.
Apenas lembre-se de consumir as gorduras que não causam inflamações: inclua sardinha, atum, azeite e abacate (um pequeno pedaço duas vezes por semana não irá atrapalhar a dieta) na sua alimentação para a perda de peso. E também controle a quantidade: no máximo 20% das suas calorias diárias devem ser provenientes de gordura.
Whey protein engorda?
Agora que já vimos como tomar whey protein para emagrecer, vamos ver o outro lado da moeda. O whey protein contém cerca de 300 calorias por porção, o que pode ser equivalente a uma pequena refeição. Se você não somar essas calorias ao seu total diário ou então não se exercitar, você pode sim ganhar peso com whey.
Anote tudo o que você consome durante o dia e tente manter suas calorias abaixo do que você gasta durante 24h (entre o metabolismo e a atividade física combinados). Lembre-se de que o whey não é uma pílula milagrosa, e não deve ser visto como a única maneira para perder peso.
Como o excesso de proteínas pode causar sobrecarga renal, converse com um nutricionista para aprender completamente como tomar whey protein para emagrecer.
Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite
Matéria publicada no site R7
TESTE QUESTIONA EFICIÊNCIA DO WHEY PROTEIN
Do whey proteinExperimento promovido pela BBC em parceria com médico da Universidade de Glasgow, whey protein não teve efeito esperado
O programa “Trust me, I am a doctor” (Confie em mim, eu sou médico), da emissora de televisão britânica BBC, realizou recentemente um experimento que levantou dúvidas sobre a eficiência de um dos suplementos alimentares mais consumidos por atletas em todo o mundo, o whey protein. Segundo o teste, conduzido pelo o médico Stuart Gray, da Universidade de Glasgow no Reino Unido, o consumo do suplemento por adultos saudáveis não favoreceu o ganho de massa e força muscular, como se propõe.
Para chegar à conclusão, a equipe de Gray recrutou 24 voluntários com idades entre 20 e 67 anos, que durante oito semanas passaram por um mesmo programa de treinamento baseado em levantamento de peso e suplementação. Ao final de cada sessão de treino, metade do grupo consumiu uma dose de 20 g de whey protein, e a outra metade ingeriu 20 g de maltodextrina (carboidrato de rápida absorção, utilizado no experimento como placebo), isso sem que os voluntários soubessem que tipo de suplemento estavam tomando.
No fim do experimento, foram comparadas a capacidade máxima de cada participante nos exercícios trabalhados, assim como a quantidade de massa magra. O resultado indicou que não houve nenhuma diferença significativa entre os dois grupos em relação ao aumento de força e massa muscular.
De acordo com a equipe, o motivo foi o fato de que os voluntários estavam ingerindo uma quantidade de proteína acima do que o corpo é capaz de absorver, uma vez que a dieta deles já supria essa necessidade. Isso porque em um período de aproximadamente de quatro horas, o corpo consegue utilizar apenas entre 20 e 30 gramas de proteína, conforme a massa de cada pessoa. E dessa quantidade, apenas alguns gramas são realmente usados para reparar os músculos, sendo o restante queimado para gerar energia, estocado como gordura ou eliminado na urina.
Assim, a conclusão do estudo é que para um indivíduo saudável, com uma dieta balanceada, o whey protein não representaria um ganho significativo de músculos e força que justificasse o dinheiro investido.
Notícia publicada no site Ativo.com.
O programa “Trust me, I am a doctor” (Confie em mim, eu sou médico), da emissora de televisão britânica BBC, realizou recentemente um experimento que levantou dúvidas sobre a eficiência de um dos suplementos alimentares mais consumidos por atletas em todo o mundo, o whey protein. Segundo o teste, conduzido pelo o médico Stuart Gray, da Universidade de Glasgow no Reino Unido, o consumo do suplemento por adultos saudáveis não favoreceu o ganho de massa e força muscular, como se propõe.
Para chegar à conclusão, a equipe de Gray recrutou 24 voluntários com idades entre 20 e 67 anos, que durante oito semanas passaram por um mesmo programa de treinamento baseado em levantamento de peso e suplementação. Ao final de cada sessão de treino, metade do grupo consumiu uma dose de 20 g de whey protein, e a outra metade ingeriu 20 g de maltodextrina (carboidrato de rápida absorção, utilizado no experimento como placebo), isso sem que os voluntários soubessem que tipo de suplemento estavam tomando.
No fim do experimento, foram comparadas a capacidade máxima de cada participante nos exercícios trabalhados, assim como a quantidade de massa magra. O resultado indicou que não houve nenhuma diferença significativa entre os dois grupos em relação ao aumento de força e massa muscular.
De acordo com a equipe, o motivo foi o fato de que os voluntários estavam ingerindo uma quantidade de proteína acima do que o corpo é capaz de absorver, uma vez que a dieta deles já supria essa necessidade. Isso porque em um período de aproximadamente de quatro horas, o corpo consegue utilizar apenas entre 20 e 30 gramas de proteína, conforme a massa de cada pessoa. E dessa quantidade, apenas alguns gramas são realmente usados para reparar os músculos, sendo o restante queimado para gerar energia, estocado como gordura ou eliminado na urina.
Assim, a conclusão do estudo é que para um indivíduo saudável, com uma dieta balanceada, o whey protein não representaria um ganho significativo de músculos e força que justificasse o dinheiro investido.
Notícia publicada no site Ativo.com.
CONHEÇA A IMPORTÂNCIA DE SUPLEMENTOS DE CÁLCIO PARA SUA SAÚDE
Geralmente associado ao desenvolvimento ósseo, o cálcio exerce muitas funções no corpo tanto de crianças quanto de adultos. Esse nutriente atua na coagulação sanguínea, no ritmo cardíaco e na contração muscular. Em virtude disso, os nutricionistas e médicos costumam ser enfáticos ao recomendar a ingestão de leite e derivados, alimentos ricos em cálcio.
Durante a infância, essa substância atua principalmente no desenvolvimento corporal, sendo que, após os 20 anos, ela age para manter e aumentar a massa óssea. Portanto, o cálcio é importante em todas as fases da vida.
Apesar de todos esses benefícios, nem todo mundo ingere a quantidade certa de cálcio por dia. De acordo com o setor de Nutrição Clínica do Hospital Israelita Albert Einstein, um adulto entre 19 e 50 anos precisa de 1.000 mg diariamente, enquanto uma pessoa acima dessa faixa etária necessita de aproximadamente 1.200 mg, pois é o período em que o organismo perde massa óssea, que precisa ser recomposta.
Como muitas pessoas não se preocupam com a alimentação e preferem alimentos do tipo “fast food”, a dificuldade em obter cálcio aumenta. Além disso, há pessoas que não podem ingerir leite puro ou não gostam, podendo optar pelos derivados do leite.
Outros fatores que interferem na função do cálcio no organismo são as substâncias que prejudicam a absorção do nutriente. Um dos principais é o ácido oxálico, encontrado no espinafre, na acelga e na beterraba. Para evitar esse tipo de problema, é importante que ingestão de leite e seus derivados seja realizada em períodos diferentes do consumo desses vegetais.
As pessoas que consomem bastante carne vermelha também podem ter mais necessidade de cálcio, pois esse tipo de alimento estimula a eliminação da substância pela urina. O sódio, presente principalmente em produtos prontos e em conserva, é outro componente que impede a absorção de cálcio.
Já a vitamina D é a maior aliada do corpo. Obtida especialmente pela luz solar, ela auxilia no processo de fixação do cálcio, pois regula os níveis do mineral na corrente sanguínea. Segundo dados da mesma instituição citada acima, praticar atividades físicas aeróbicas é outra maneira de fixar o cálcio nos ossos.
Para obter a quantidade adequada de cálcio, uma boa alternativa é fazer a suplementação. Na prática, funciona assim: a pessoa mantém uma dieta balanceada, com o máximo de cálcio que consegue consumir e ingere uma ou duas vezes por dia um produto à base de cálcio. Existem no mercado vários suplementos que possuem a substância, sendo o mais popular o Whey Protein.
Embora o seu uso seja destinado aos praticantes de atividade física, o Whey Protein pode ser indicado a quem precisa de cálcio e outros nutrientes essenciais. Para saber se essa é a melhor opção para você, é necessário procurar um médico ou nutricionista, que irá avaliar o seu caso individualmente.
Matéria publicada no site Exame.com
Durante a infância, essa substância atua principalmente no desenvolvimento corporal, sendo que, após os 20 anos, ela age para manter e aumentar a massa óssea. Portanto, o cálcio é importante em todas as fases da vida.
Apesar de todos esses benefícios, nem todo mundo ingere a quantidade certa de cálcio por dia. De acordo com o setor de Nutrição Clínica do Hospital Israelita Albert Einstein, um adulto entre 19 e 50 anos precisa de 1.000 mg diariamente, enquanto uma pessoa acima dessa faixa etária necessita de aproximadamente 1.200 mg, pois é o período em que o organismo perde massa óssea, que precisa ser recomposta.
Como muitas pessoas não se preocupam com a alimentação e preferem alimentos do tipo “fast food”, a dificuldade em obter cálcio aumenta. Além disso, há pessoas que não podem ingerir leite puro ou não gostam, podendo optar pelos derivados do leite.
Outros fatores que interferem na função do cálcio no organismo são as substâncias que prejudicam a absorção do nutriente. Um dos principais é o ácido oxálico, encontrado no espinafre, na acelga e na beterraba. Para evitar esse tipo de problema, é importante que ingestão de leite e seus derivados seja realizada em períodos diferentes do consumo desses vegetais.
As pessoas que consomem bastante carne vermelha também podem ter mais necessidade de cálcio, pois esse tipo de alimento estimula a eliminação da substância pela urina. O sódio, presente principalmente em produtos prontos e em conserva, é outro componente que impede a absorção de cálcio.
Já a vitamina D é a maior aliada do corpo. Obtida especialmente pela luz solar, ela auxilia no processo de fixação do cálcio, pois regula os níveis do mineral na corrente sanguínea. Segundo dados da mesma instituição citada acima, praticar atividades físicas aeróbicas é outra maneira de fixar o cálcio nos ossos.
Suplementação
Embora o seu uso seja destinado aos praticantes de atividade física, o Whey Protein pode ser indicado a quem precisa de cálcio e outros nutrientes essenciais. Para saber se essa é a melhor opção para você, é necessário procurar um médico ou nutricionista, que irá avaliar o seu caso individualmente.
Matéria publicada no site Exame.com
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