Pesquisa realizada por norte-americanos procurou abordar o tema de forma diferente dos estudos habituais.
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A possível interação entre os hormônios reprodutivos exógenos e o desempenho atlético nas mulheres é uma questão importante que tem sido tema de debate por pelo menos quatro décadas. Existem inúmeros artigos de revisão sobre o efeito dos contraceptivos orais (OC) e sobre o desempenho atlético, no entanto, esses pesquisadores sentiram que essas avaliações são insuficientes, pois não incluem todas as categorias de contraceptivos hormonais. Além dos OCs, existem muitos outros sistemas de administração de anticoncepcionais hormonais, incluindo Dispositivos Intrauterinos (DIU), injeções, manchas transdérmicas, implantes e anéis vaginais.
Dessa forma, essa pesquisa nasceu com o objetivo de aprofundar as discussões sobre o tema e dar a luz a outras interpretações que podem enriquecer ainda mais o debate.
Resumo
Os métodos contraceptivos hormonais são usados por aproximadamente metade das atletas do sexo feminino e podem afetar o desempenho atlético como resultado de sua ação hormonal sistêmica. Nas atletas, o uso de anticoncepcionais parece ter pouco efeito sobre a composição corporal, porém novos estudos são necessários para avaliar os efeitos dos contraceptivos derivados apenas de progestina, pois podem ter um efeito negativo na população em geral. O tipo de progestina contido dentro do contraceptivo pode influenciar a resposta anabólica do músculo, embora esta relação seja complexa em virtude dos efeitos diretos ou indiretos de hormônios exógenos na síntese da proteína e na proliferação das células satélites. A resposta sistêmica hormonal alterada em usuárias de contraceptivos parece não influenciar a força muscular e, embora o consumo máximo de oxigênio às vezes seja reduzida, isso não afeta as medidas de desempenho. A maioria das pesquisas utilizou desenhos transversais e/ou agrupou diferentes tipos e marcas de anticoncepcionais hormonais e poucos estudos têm sido realizada sobre anticoncepcionais com progestina em atletas. Futuros estudos devem usar desenhos experimentais prospectivos, randomizados e controlados para avaliar os efeitos de todos os tipos de contraceptivos hormonais no desempenho atlético em mulheres.
Para acessar o estudo, na íntegra, clique aqui:http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/126197
Autores: Daniel MARTIN; Kirsty ELLIOTT-SALE
Publicação: Rev. bras. educ. fís. esporte vol.30 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2016
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