Procedimento está em fase de testes e expectativa é que consiga ser efetivo para cura de infectados.
O Banco de Sangue de São José dos Campos passou a coletar o plasma do sangue de pessoas que já tiveram a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e produziram anticorpos. Por enquanto, é uma alternativa ainda em fase de testes, mas a expectativa é que a iniciativa possa salvar vidas.
A coleta é feita com um equipamento específico que retira determinada quantidade de sangue bruto e separa a parte líquida, chamada de plasma, que tem uma cor amarelada. O resto do material volta para a corrente sanguínea.
Existem alguns requisitos para a coleta ser feita:
- No caso das mulheres, só podem doar plasma aquelas que nunca engravidaram;
- Os doadores têm que ter entre 18 a 69 anos, além de apresentar o exame que diagnosticou a Covid-19;
- A pessoa tem que estar há 30 dias sem sintomas;
- O doador também não pode ter doenças como Hepatite B e C, Sífilis, HIV ou Doença de Chagas.
O primeiro paciente a participar desse procedimento no Banco de Sangue foi o médico Fábio Baptista, que teve a Covid-19 no início de março.
"A doença é muito traiçoeira. Começa de maneira rápida e que debilita demais a pessoa que contrai esse vírus", disse.
Com base no cadastro de pessoas que cumprem os pré-requisitos, o banco agenda a coleta. O material coletado fica armazenado separadamente no próprio banco de sangue. Congelado, o plasma tem validade de um ano.
"Apesar de não ter comprovação cientifica da eficácia, o plasma contém anticorpos. A expectativa é que esses anticorpos auxiliem esses pacientes graves na recuperação", explica o médico do Banco de Sangue, Marcelo Romanelli.
Ainda que seja uma técnica experimental, participar desse processo é, de certa forma, torcer pela tão esperada cura.
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